Meu leite é fraco. Isso realmente existe?
O leite materno é mais um dos milagres que a maternidade e a natureza oferecem. Tanto que nem todo mundo acredita que ele seja suficiente para manter o bebê completamente alimentado. Mas a eficácia e a importância do aleitamento materno tem sido cada vez mais comprovadas.
Leia também
"Até os 6 meses de vida nenhuma criança precisa ingerir outro tipo de substância, seja água, chá ou complemento de qualquer tipo", afirma Domingos Mantelli, ginecologista e obstetra.
O especialista defende com unhas e dentes a ideia de que o líquido que sai do peito da mãe como resposta à sucção do bebê é um alimento completo e perfeito para o organismo ainda em formação do recém-nascido.
"A ingestão do colostro nos primeiros dias de vida é fundamental para a construção das defesas do organismo da criança, pois através dele é transferido todo o sistema imunológico da mãe", explica Mantelli.
Segundo o profissional, crianças que não mamam no peito apresentam mais chances de desenvolver doenças respiratórias e alergias. Além do fortalecimento da saúde, o aleitamento materno possibilita a criação do vínculo mãe e filho e é fundamental para que ambos passem juntos e bem pelas inúmeras transformações que estão por vir.
A qualidade do leite materno começa a ser construído ainda ao longo da gravidez e está associado a todos os hábitos alimentares e estilo de vida da gestante.
Depois do nascimento do bebê a mulher precisa apenas manter esses cuidados. Ele garante que comer por dois pode ser uma armadilha e não interfere no valor nutricional do leite. Para a amentar são necessárias a disposição da mãe e a fome do bebê, garante o obstetra. "Não existe leite fraco, o que existe é falta de estímulo e alimentação inadequada", afirma Mantelli.
O leite materno oferece ao bebê proteínas, açúcares, líquidos, nutrientes e vitaminas na medida certa para que sejam facilmente assimilados pelo organismo do recém-nascido.
Ele se forma no corpo da mulher a partir da prolactina que por sua vez é produzida a partir da ocitocina. Para que essas substâncias ajam livremente no corpo da mãe e o bebê possa se desenvolver sadio, é importante apenas ingerir líquido em abundância e não descuidar da qualidade da alimentação. "O estresse e a má alimentação são os principais obstáculos de uma amamentação saudável e plena", conclui o especialista.