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É possível se preparar para o parto natural?

Publicado 30 Jun 2016 – 05:45 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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A Organização Mundial da saúde (OMS) recomenda como aceitável uma taxa de cesariana que não ultrapasse os 15%, considerando as gestações de alto risco. Na contramão deste cenário, o Brasil é campeão mundial de cesarianas, chegando a 80% e um alto índice de complicações perinatais, quando o bebê nasce sem estar pronto para se adaptar fora do útero. Segundo a psicóloga, doula, educadora perinatal e diretora do Despertar para o parto, Eleonora de Deus Vieira de Moraes, os dados são significativos e expõe uma inversão de valores. Mas a especialista defende que é possível criar um quadro diferente do atual.

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"Toda mulher, salvo em raríssimas exceções, nasce fisicamente preparada para fazer seu bebê nascer naturalmente, através do trabalho de parto", afirma a profissional. No entanto, é comum mulheres em gestação saudável optarem por parto cesárea, muitas vezes, por não se sentirem preparadas física e emocionalmente.

De acordo com a psicóloga, a preparação para o parto normal vai muito além da prática de exercícios e da alimentação. "O mais importante a ser desenvolvido é vínculo mãe e filho", diz. Massagens e atividades de introspecção como yoga, meditação e técnicas de respiração são excelentes para criar momentos de sintonia entre ambos, assim como aguçar a intuição, a consciência corporal e o equilíbrio emocional.

A escolha pelo parto normal reflete coragem e responsabilidade pela vida que se acaba de gerar. "É preciso também pensar no bebê. Sabe-se que é a maturidade pulmonar do bebê que faz com que o trabalho de parto se inicie. As contrações e a liberação hormonal que banham o bebê durante o trabalho de parto o preparam para sua adaptação fora do útero, ajudam a expulsar o líquido amniótico dos pulmões e acordar seus reflexos para amamentação", explica a doula.

Nesse sentido, a busca por informação e por profissionais competentes passa a ser tão fundamental quanto os cuidados com a saúde da futura mamãe. "A gestante precisa acreditar no seu corpo em primeiro lugar e depois, ter mais gente, capacitado e qualificado, que possa oferecer suporte nos momentos difíceis. Claro que tudo isso é valido para as gestações saudáveis, de baixo risco, com o devido acompanhamento pré-natal e todos os exames de rotina", conclui a educadora.

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