Aleitamento materno

A alimentação ao seio constitui uma das questões mais importantes para a saúde humana tanto da mãe quanto do lactente.

O leite humano é um alimento completo que atende às necessidades nutricionais e metabólicas do bebê nos primeiros 6 meses de vida, é ideal para o sistema gastrointestinal e renal em fase de amadurecimento, ajuda a estimular o correto desenvolvimento da cavidade oral, além de conferir proteção imunológica ao lactente.

A amamentação também traz muitos benefícios para a mãe como: redução do peso mais rapidamente após o parto, ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal diminuindo o risco de hemorragia e anemia após o parto, reduz o risco de diabetes, reduz o risco de câncer de mama e de ovário, reduz as fraturas do colo de fêmur no período pós-menopausa e se a amamentação for exclusiva, pode ser um método natural para evitar uma nova gravidez.

O início da amamentação deve ocorrer ainda na sala de parto, nas primeiras 4 horas de vida. O leite materno deve ser oferecido em livre demanda, ou seja, quando o recém-nascido quiser, devendo o mesmo sugar a mama até esvaziá-la, assim pode-se ter a certeza que o bebê recebeu tanto o leite anterior (o primeiro leite mamado, rico em água e fatores de proteção) e o leite posterior (aquele que sai diretamente após o anterior). A importância pelo qual o leite materno posterior deva ser ingerido durante as mamadas se dá pelo fato que este é 2 a 3 vezes mais rico em gorduras que o primeiro leite (anterior) e isto permite que o lactente fique mais nutrido, ganhe mais peso e aumente o intervalo entre as mamadas, chorando menos, pois encontra-se mais saciado.

Todo o preparo das mamas para a amamentação ocorre naturalmente durante a gravidez, com as modificações que ocorrem no organismo da gestante. Desta forma, não é necessário que a mãe faça nenhuma preparação específica das mamas antes de amamentar. Contudo, algumas atitudes podem ajudar ao não desenvolvimento de fissuras nos mamilos, tais como: não usar sabonetes nos mamilos (bico do peito), evitar retirar a oleosidade natural dos mamilos e expor as mamas ao sol, por poucos minutos diariamente.

A mãe deve oferecer as duas mamas em todas as mamadas, isto não quer dizer que ambas as mamas serão completamente esvaziadas durante a amamentação. Como o bebê suga com maior vigor a primeira mama oferecida, é frequente que a segunda mama não seja esvaziada. Assim, na próxima mamada, é melhor que a mãe ofereça esta (a segunda da mamada anterior) em primeiro lugar. Desta forma é garantido que ambas as mamas sejam sempre esvaziadas e que a produção de leite seja mais eficiente.

Não há uma posição específica para amamentação, o importante é que a mãe esteja confortável e esteja desempenhando a técnica correta. Esta técnica, deve garantir que o bebê abocanhe toda a aréola do seio (não somente o bico), a boca deve estar bem aberta, o lábio inferior evertido (voltado para fora) e que o queixo do bebê toque a mama. O corpo do bebê deve estar voltado para o corpo da mãe (no mesmo eixo, sem que o pescoço esteja rodado) e sua boca deve estar de frente ao mamilo.

Importante salientar, que a principal causa de surgimento de fissuras no mamilos é decorrente da pega errada do bebê na hora de mamar. Se houver o desempenho da técnica correta e não havendo medidas higiênicas desnecessária e excessivas, muito dificilmente ocorrerá a presença de fissuras. Se houver fissuras, a amamentação não deve ser parada por este motivo, não deve se usar nenhum tipo de pomada, devendo ser utilizado o próprio leite materno e deixar as mamas ao ar livre por alguns instantes.