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Criança pode usar lente de contato?

Publicado 30 Jun 2016 – 05:41 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Cerca de 10% das crianças apresentam algum problema de visão antes dos quatro anos de idade. Mas nem sempre é fácil convencê-las a usar óculos, já que elas não entendem a necessidade do acessório. Nesses casos, as lentes de contato podem ser uma opção.

Lente de contato para crianças

"Existem algumas condições em que a lente de contato tem uma indicação melhor que os  óculos em crianças", afirma a médica Lara Murad Bichara, do Rio de Janeiro, especialista em Oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

Segundo ela, não existe uma definição da  idade para criança usar lentes, mas é preciso avaliar a maturidade de cada uma e a aceitação. "As lentes para crianças normalmente são indicadas em situações muito específicas e devem ter as medidas muito bem adaptadas para que não representem nenhum risco. Tem algumas crianças bem pequenas com 6 ou 7 anos que têm uma excelente adaptação", diz.

Lente de contato x óculos

No entanto, a adaptação das crianças em ambos os casos é mais difícil em relação aos adultos e, por isso, é importante que haja uma participação ativa dos pais e de uma razoável compreensão da necessidade pela criança.

Cabe também aos pais o  cuidado com as lentes de contato. Uma recomendação importante é sempre  tirar as lentes antes de dormir.

Problemas de visão na infância

Além do teste do olhinho, primeiro exame de visão logo após o nascimento, é desejável que uma nova avaliação seja feita por volta dos 3 ou 4 anos. E, a partir da idade escolar, uma consulta anual, mesmo que não haja nenhum problema aparente. "A consulta de rotina com oftalmologista é fundamental para prevenir inúmeros problemas e, em alguns casos, fazer diagnóstico precoce", diz.

O uso cada vez mais frequente de dispositivos eletrônicos como tablets e videogames exigem também um cuidado mais precoce, especialmente em crianças que têm hábitos visuais muito de perto, dificuldade de concentração e história familiar de alterações oftalmológicas, pois podem apresentar algum problema. "Normalmente na primeira infância as crianças apresentam um hipermetropia, que é fisiológica. Com o crescimento há uma tendência à regressão. Já os que têm uma predisposição genética para desenvolver miopia apresentam os sintomas a partir do início da vida escolar e isso pode evoluir com o crescimento", finaliza.

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