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Cortar o cordão umbilical na hora certa evita anemia em recém-nascido

Publicado 30 Jun 2016 – 05:41 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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A medicina está em constante evolução e com a obstetrícia não é diferente. A recente divulgação das novas diretrizes do SUS para o parto humanizado prova isso. Entre outras regras, a cartilha expõe a necessidade de esperar o cordão umbilical parar de pulsar para ser cortado.

O cordão umbilical é a parte que liga o bebê à placenta da mãe e é por ele que passa o sangue com o oxigênio e com os nutrientes essenciais ao desenvolvimento do feto. Nos primeiros instantes após o nascimento, até que o pulmão receba o ar e comece a funcionar, os bebês ainda recebem oxigênio pelo cordão.

Entretanto, a prática adotada pelos médicos até então era a de cortá-lo imediatamente após o nascimento. Mas, estudos da National Childbirth Trust, instituição inglesa que estuda a gestação e o nascimento, provaram que o clampeamento tardio do cordão umbilical traz benefícios ao bebê.

Por que esperar 3 minutos para cortar o cordão umbilical?

Segundo os pesquisadores, o corte ou o clampeamento imediato impedem que cerca de 100 ml de sangue da placenta fique no corpo do bebê, quantidade equivalente a um terço de todo o corpo. A consequência imediata é o risco de o recém-nascido desenvolver anemia

"Os estudos mostram que cortar o cordão umbilical só quando ele parar de pulsar permite que o bebê tenha menos anemia porque, nesse tempo, ele consegue receber todo o sangue da placenta com ferro", explica Ana Lúcia Beltrame, ginecologista e obstetra de São Paulo.

No recém-nascido, a anemia pode atrapalhar o desenvolvimento do cérebro e da sua capacidade cognitiva.

Mas, os resultados não são apenas imediatos. O mesmo estudo indicou que pessoas que tiveram o cordão umbilical cortado imediatamente tiveram maio propensão ao desenvolvimento de anemia na vida adulta.

Cortar o cordão umbilical tarde prejudica a mãe?

Embora traga benefícios ao bebê, o corte do cordão umbilical depois do fim da pulsação não traz nenhum tipo de maleficio à mãe. Hemorragias e anemias pós-parto não estão relacionadas à prática.

Como cuidar do cordão umbilical

Quando mamãe e bebê já estão em casa, é comum que surja a dúvida sobre como cuidar do cordão umbilical. O jeito mais seguro e higiênico, segundo a Dra. Karina Zulli, obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz, é limpar a região com algodão e álcool, o que evita o acúmulo de bactérias e possíveis infecções.

"Algumas mães sentem aflição na hora de dar banho no bebê pensando que ao tocar no cordão umbilical ele sente alguma dor ou incômodo. Mas elas podem ficar despreocupadas, pois essa extremidade é desprovida de nervos, por isso a criança não sente nenhuma dor", afirma a médica.

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