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Minha bolsa estourou, e agora?

Publicado 30 Jun 2016 – 05:41 PM EDT | Atualizado 3 Abr 2018 – 09:17 AM EDT
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Há diversos indícios que apontam que a hora do parto está próxima. Um deles é o  rompimento da bolsa. Mas, ao contrário do que muita gente pensa, esse nem sempre é o primeiro sinal do trabalho de parto e, muitas vezes, a bolsa só é rompida no momento do nascimento do bebê. 

"Algumas mulheres não passam pela experiência de 'estouro da bolsa'. Então, para auxiliar no progresso do parto, o médico executa uma amniotomia, perfurando-a com um gancho plástico comprido", explicam os médicos Sarah Jordan e David Ufberg, autores do livro "Manual da Gravidez" (Editora Gente).

Como sei que a bolsa estourou?

Mesmo nos casos em que  a bolsa estoura antes, nem sempre é um grande 'aguaceiro' como se imagina. "Algumas mulheres experimentam um pequeno vazamento", dizem.

Segundo os médicos, no terceiro trimestre da gravidez essa bolsa contém cerca de um litro de fluido amniótico e proporciona ao bebê um ambiente acolchoado durante sua estada no útero. Quando ela é furada (em decorrência do processo natural do parto ou pelo médico) o nascimento deve ocorrer no período posterior de 24 a 48 horas no máximo.

O que eu faço quando a bolsa estourar?

Quando houver a  perda de líquido, é importante prestar atenção a alguns detalhes. Se ele tiver cor clara, não é preciso se desesperar. Procure seu médico com calma, pois a hora do parto pode não estar tão próxima. Mas se for um líquido mais escuro (verde, marrom, amarelo) pode ser um sinal de que o bebê já liberou as primeiras fezes dentro do útero. Nesse caso, procure atendimento imediato.

Bolsa estourou com 37 semanas ou menos. E agora?

A ginecologista e obstetra Priscila Pyrrho, chefe do serviço de obstetrícia do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), explica que, a qualquer momento da gestação, sempre que houver suspeita de perda líquida a gestante deve procurar um médico para avaliação. "Antes de 37 semanas o bebê é considerado prematuro, o que é mais um motivo para procurar o obstetra. Nesses casos, preferencialmente em serviços de emergência e que tenham recursos de UTI Neo Natal", diz.

Segundo ela, as principais causas de rompimento prematuro da bolsa são infecciosas (infecções vaginais ou urinárias) e podem comprometer tanto a mãe quanto o bebê. "Mas, ao contrário do que se pensa, em casos muito prematuros sem evidências de infecção deve-se tentar postergar o parto até pelo menos 34 semanas, quando a sobrevida do bebê fora do útero é sabidamente muito maior, com maior desenvolvimento do órgãos e principalmente do pulmão", explica.

Dói quando a bolsa estoura?

A ginecologista explica também que não há dor quando a bolsa rompe. Porém, os estímulos hormonais desencadeados quando isso acontece podem levar ao início do trabalho de parto, o que pode confundir as mamãe a acharem que a dor é por conta da bolsa que rompeu. "O que dói são as contrações, que podem se iniciar antes ou depois da bolsa romper. A bolsa em si, não dói ao estourar", afirma.

Ela ressalta ainda que cada caso deve ser analisado individualmente, já que as condutas mudam de acordo com a idade gestacional e a vigência ou não de infecções ou outras complicações. 

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