Tipos de câncer em crianças e adolescentes mais comuns
Conhecer os principais tipos de câncer e saber mais sobre as formas de tratamento também é importante para saber lidar com o problema. Mas é válido ressaltar que cada pessoa irá entender a gravidade da doença e lidar com ela dependendo da sua idade e grau de compreensão sobre a própria vida. "O câncer traz efeitos físicos, psicológicos e emocionais devastadores, causando desorganização na vida dos que são diretamente atingidos por ele. Cada um vai entender e vivenciar o câncer de uma forma determinada, dependendo do tipo de vínculo que possui com a criança doente e do próprio jeito de ser", explicam as enfermeiras Andréa Porto da Cruz e Fernanda Papa de Campos.
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Câncer em crianças
- Leucemia linfocítica (ou linfóide) aguda (LLA): é o câncer mais comum na infância e representa 30% do total de casos;
- Tumor de Wilms: representa de 5% a 10% dos tumores infantis e pode afetar um rim ou ambos, sendo mais comum dos 2 a 3 anos de idade;
- Neuroblastoma: é o tumor sólido extracraniano (fora do cérebro) mais comum em crianças. Geralmente diagnosticado durante os dois primeiros anos de vida, pode aparecer em qualquer parte do corpo, mas é mais comum nas suprarrenais e mediastino;
- Retinoblastoma: tem origem nas células que formam parte da retina e o sinal mais comum é o brilho ocular chamado de "reflexo do olho de gato" (que aparece no olho doente quando se tira uma fotografia da criança). Pode ser a hereditário ou esporádica e costuma aparecer entre 2 e 3 anos de idade;
- Rabdomiossarcoma: câncer de partes moles mais comum em crianças, tem origem nas mesmas células embrionárias que dão origem aos músculos que se prendem aos ossos ou a outros músculos;
- Tumores de sistema nervoso central (encéfalo e medula espinhal): são um dos tumores malignos sólidos mais comuns, atrás apenas das leucemias e linfomas.
- Tumores ósseos primários: são raros e, geralmente, resultam de outro tumor que se espalhou e atingiu o osso. Os mais comuns são o osteossarcoma e o Sarcoma de Ewing;
- Linfoma de Hodgkin: câncer do sistema linfático (que inclui gânglios, timo e outros órgãos do sistema de defesa do organismo), pode atingir crianças e adultos;
- Linfomas não-Hodgkin: também têm origem no sistema linfático e, no caso das crianças, são mais comuns que os linfomas de Hodgkin.
Tratamento do câncer infantil
"O câncer infantil pode ser tratado com cirurgia, radioterapia e quimioterapia ou pela combinação de duas ou mais dessas terapias. Apesar das exceções, o câncer infantil costuma responder bem à quimioterapia, porque tem crescimento rápido", dizem.
É importante lembrar que o tratamento precisa ser feito em centros especializados, já que a criança e a família têm necessidades especiais. "Centros especializados, contam com oncopediatras, especialistas em cirurgia e radioterapia, enfermeiras treinadas para lidar com crianças. Essas equipes incluem ainda psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e pessoal especializado em cuidados paliativos e no acompanhamento da criança após o tratamento", finalizam.