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Como lidar com a timidez dos filhos

Publicado 30 Jun 2016 – 05:44 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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A timidez é um sentimento saudável, mas desde que seja em dosagem certa. Quando ela causa incapacidade de interação com outras pessoas ou exposição em situações sociais, em níveis exagerados, afetando a qualidade das relações, passa a ser considerada uma fobia social. O comportamento tímido acontece porque a criança não confia ser capaz de corresponder à expectativa do outro e constrói uma imagem negativa de si mesma, se vendo inferior às demais pessoas, não acreditando na sua capacidade e, com isso, se envergonha. Por isso os pais devem ficar atentos ao desenvolvimento e ao comportamento dos filhos para evitar que o problema não se desenvolva a ponto de prejudicá-los. "A timidez leva a um comportamento de isolamento, mas outros comprometimentos também podem levar a criança a apresentar um comportamento anti-social", afirma  psicóloga Eliana de Barros, diretora do Colégio Global.

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Ela explica que os pais, como principais figuras de referência das crianças, devem ser modelos de comunicação e socialização e proporcionar oportunidades para o filho interagir com outras crianças, estimulando atividades coletivas, mas sem forçar. "Comportamentos  como empurrar a criança para enfrentar a situação ou comentar sua conduta na tentativa de esclarecer que seu medo não tem fundamento, são inúteis e podem até agravar a situação", alerta.

Mas a timidez demasiada pode ser prejudicial. Por isso, toda ajuda é sempre bem-vinda, pois o desenvolvimento das relações sociais e a criação de vínculos são essenciais para o crescimento saudável das crianças e adolescentes. Em casos extremos a intervenção de psicólogos é importante. "Quando além das relações de amizade, o desenvolvimento escolar também fica comprometido, o envolvimento de um especialista é aconselhável. Crianças podem manifestar sintomas de depressão e ansiedade que conduzirão a criança a um isolamento progressivamente maior", relata Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

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