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Depressão na infância

Publicado 30 Jun 2016 – 05:40 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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O que motiva

Muitos podem ser os motivos que levam uma criança ao estado depressivo. Aspectos genéticos, sociais e antecedentes psicológicos podem contar pontos a favor da doença. "Deve-se considerar também os fatores estressores da vida como perdas de pessoas queridas (familiares, amigos - incluir também os animais domésticos), mudanças de escola, de bairro, nascimento de irmãos, doença de pais e irmãos, separação ou divórcio dos pais, e outros fatores que possam desencadear crises familiares", avisa a psicóloga. Portanto, redobrem a atenção quando a criança estiver atravessando um período turbulento.

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As consequências

Transtornos como a depressão podem comprometer o desenvolvimento da criança ou do adolescente e interferir com seu processo de maturidade psicológica e social. "É comum que eles se comportem de forma difícil, acabando por deteriorar os relacionamentos com colegas, professores, família", diz Rita. O resultado é o isolamento. A depressão pode afetar a estabilidade de toda a família, resultando numa maior incidência de violência doméstica e abuso de drogas.

A autoestima da criança vai embora quando a depressão chega. O pequeno acredita ser incapaz de fazer qualquer coisa e fica tomada por pensamentos mórbidos e sentimento de inferioridade. "Ela acha que tudo vai dar errado, nada adianta, que é uma idiota", pondera a psicóloga.

O desempenho escolar fica bastante comprometido quando a criança ou adolescente se entrega à depressão. "Há dificuldade de atenção, de concentração, indecisão, prejuízo da memória e do raciocínio", explica Rita, que completa alertando que falta de energia e fadiga também podem ser um sinal do transtorno.

Calma! Tem tratamento

Para que o tratamento tenha sucesso é importante diagnosticar o problema o quanto antes. "É fundamental estudar o tempo de duração, a intensidade, severidade dos sintomas e o contexto familiar", diz Rita. A avaliação de todo o panorama deve ser minuciosa, pois outros transtornos podem ajudar a camuflar a depressão, ou, ainda, podem estar presentes agravando o quadro.

Normalmente o transtorno é sanado somente com o apoio da família e a psicoterapia. Tratamentos medicamentosos são aconselhados somente em casos mais graves e para crianças com mais de seis anos. Então, ao primeiro sinal de depressão no seu pequeno, acolha-o e converse bastante. Mas, na seqüência, não deixe de procurar ajuda de um profissional.

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