Licença maternidade: como conciliar trabalho e filhos
Equilibrar o tempo dedicado aos filhos e ao trabalho é um dos grandes desafios das mulheres na atualidade. Muitas têm receio de se ausentarem de seus empregos e serem prejudicadas, enquanto outras preferem abrir mão da vida profissional para ficarem um período mais longo com seus bebês. Em todos os casos, a hora de voltar ao trabalho exige uma adaptação tanto por parte das empresas, como também das mães e da rotina familiar.
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A gerente de RH Gisele Irikura, da distribuidora GGD Metals, fala sobre algus mitos e verdades em relação à licença maternidade.
É muito difícil desvincular-se do filho após a licença maternidade?
Verdade. "Após meses de convivência íntima com o bebê é natural que a mãe tenha dificuldade de se desvincular para dedicar-se ao trabalho. Este é o maior desafio" afirma.
Ninguém é mais competente do para cuidar de um filho do que a mãe?
Mito. "O carinho dedicado aos filhos pelas mães é fundamental, e, de alguns pontos elas não devem abrir mão, como educação, saúde e amor. Cabe aqui o exercício de selecionar, treinar e delegar tarefas de rotina às escolas, creches ou babás. O seu filho não deixará de te amar se você não for a responsável pelo banho todos os dias", explica.
A adaptação das crianças em escolas, creches ou babás atrapalha a vida profissional da mãe?
Mito. "Cabe à mãe matricular o bebê em escola, creche ou contratar a babá pelo menos dois meses antes do retorno ao trabalho. Esse tempo da licença maternidade investido no acompanhamento próximo da mãe na adaptação do filho lhe trará mais segurança e, consequentemente, mais tranquilidade ao voltar ao trabalho", diz.
A ausência do trabalho por quatro ou seis meses atrapalha a rotina corrida da empresa?
Mito. "A profissional que ao receber a notícia da gravidez se planejar em conjunto com a empresa suas tarefas durante a sua licença maternidade, terá com certeza, maior tranquilidade ao retornar. Neste momento é importante delegar e treinar pessoas capazes de realizar o trabalho durante a ausência. Ao final da licença-maternidade, é recomendável destinar algum tempo para avaliar como tudo ocorreu durante a ausência, quais são as novas demandas e retomar o contato com seus líderes", orienta.
Quem retorna da Licença Maternidade não será mandado embora, mesmo após o período de estabilidade?
Verdade. É fato que a empresa aprende a se organizar sem a presença da profissional, mas nenhuma empresa quer perder bons profissionais. Independente da maternidade ou do período de ausência, os profissionais que executam seu trabalho com dedicação, eficácia e criatividade sempre têm espaço. É mais comum as profissionais optarem por ficar com seus filhos, do que a empresa as desligarem" afirma.
Profissionais mães que são mães tendem a faltar mais e com isso atrapalham o dia-a-dia da empresa?
Mito. "Nos primeiros meses do bebê existe um acompanhamento médico mensal e as mães naturalmente acompanham seus filhos, mas não é isso que define a produtividade da empresa. Tudo depende do bom senso de qualquer profissional (que tenha filhos ou não). Profissionais organizadas e dedicadas conseguirão equilibrar as demandas profissionais com as demandas imprevistas dos filhos. E isso é um aprendizado para toda a vida. Equilíbrio é uma chave de ouro", diz.
Gerenciamento do tempo passa a ser essencial para estas profissionais?
Verdade. "Gerenciar o tempo para que as obrigações profissionais possam ser atendidas com qualidade dentro de um tempo normal de trabalho já é importante para quem não tem filhos. Para quem os têm, é fundamental", finaliza.