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Higiene natural: criar filhos sem fraldas é bom?

Publicado 30 Jun 2016 – 05:43 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Mariana Bueno

Do Bolsa de Bebê

Enquanto algumas mães ficam na dúvida sobre uso de fralda descartável ou fralda de pano, outras sequer chegam a ter esse tipo de questionamento, pois simplesmente não fraldam os bebês. São as adeptas da higiene natural, ou Elimination Communication (EC), método que está se difundindo agora no Brasil, mas já é comum em outros países e até mesmo em outras culturas.

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Como funciona a higiene natural

O número de mulheres está optando pela higiene natural é crescente. O método acostuma os bebês a ficarem sem fraldas desde cedo, observados pelas mães, que devem perceber a necessidade deles, "lendo" seus sinais, e treinando-os a usarem o vaso sanitário ou o penico logo após o nascimento. 

A razão principal dos que defendem a  higiene natural para bebês é a questão ambiental, já que as fraldas descartáveis são nocivas ao meio ambiente. Outro ponto é a questão econômica, já que, sem o uso de fraldas, os custos ficam mais baixos.

O pediatra Marcelo Reibscheid, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo, diz que identificar os sinais de que o bebê quer fazer xixi ou cocô  é algo muito individual. "A mãe ou cuidadora aprenderá a perceber algum movimento diferente, que poderá ser o sinal procurado", diz.

Usar ou não usar fraldas?

O médico diz que acostumar o desde cedo  bebê sem o uso de fraldas não é algo positivo. O ideal seria somente a partir de 14 meses, e apenas nos períodos mais quentes.

"Sempre peço para as mães nunca iniciarem o processo de desfralde antes dos 24 meses. Os lactentes têm muito a se desenvolver do ponto de vista neuropsicomotor e não acho que devam 'gastar' seus estímulos e aprendizados com esta tarefa antes dos 24 meses", explica.

Segundo ele, a prática tanto pode realmente  estimular o bebê a aprender a usar o penico, como pode fazê-lo ter aversão ao penico. Outro ponto a ser considerado é a possibilidade de estressar o bebê e até mesmo atrasar esse processo. "Tudo irá depender de como for feito o ensinamento", afirma.

A necessidade de ter alguém que fique 24 horas observando o bebê para saber o momento de suas necessidades fisiológicas também pode acabar sobrecarregando tanto a mãe ou a cuidadora, quanto o bebê.

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