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Técnica de contrair músculo para ter orgasmo funciona mesmo, diz sexóloga: aprenda

Publicado 14 Jul 2016 – 09:06 AM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Atenção: Esta matéria contém teor sexual e é imprópria para menores de 18 anos.

Embora já seja um assunto bastante abordado, o orgasmo feminino nem sempre é fácil de ser atingido. Pesquisas mostram que mais de 70% das mulheres não conseguem ou têm muita dificuldade para chegar ao ápice do prazer. Uma técnica, no entanto, pode dar um empurrãozinho e resolver essa questão.

Dica para chegar ao orgasmo: contração muscular

Em grupos de mulheres em redes sociais onde há trocas de dicas e experiências sexuais, é comum ouvir dizer que contrair dos músculos pélvicos pode ajudar a mulher a chegar ao orgasmo mais rápido. Os conselhos por vezes são estendidos e algumas mulheres chegam a relatar que, ao contrair todos os músculos do corpo, fica mais fácil chegar lá.

Como fazer?

Não há segredo para realizar a técnica: basta que a mulher, ao sentir que a excitação está grande e o ápice pode estar perto, aperte toda a musculatura do corpo, o máximo que conseguir. Contraia o bumbum, assoalho pélvico, pernas, braços, mãos, pés e até músculos da face.

Ajuda mesmo?

De acordo com Cátia Damasceno, sexóloga formada em fisioterapia uroginecológica, a técnica, de fato, é eficiente - e existe explicação para isso.

Explicação fisiológica

A explicação para isso é fisiológica e as causas estão relacionadas a duas funções do corpo:

  • A primeira delas se deve ao fato de que, quando os músculos estão contraídos, as descargas elétricas geradas pela contração involuntária da região pélvica passa mais rapidamente pelas fibras musculares, agilizando o processo.
  • A contração muscular ainda aumenta e acelera o fluxo sanguíneo. Com mais sangue circulando e em maior velocidade, a sensibilidade da mulher aumenta e o corpo fica mais sensível a qualquer estímulo, além de, especialmente, todas as substâncias relacionadas ao orgasmo serem distribuídas mais rapidamente.

Explicação psicológica

Mas, mais do que a explicação fisiológica, a sexóloga aposta a eficiência da técnica na concentração da mulher durante o ato sexual.

Em grande parte das mulheres que enfrentam dificuldades para chegar ao orgasmo, o problema não está alguma deformação anatômica, mas sim em bloqueios psicológicos ou emocionais.

“Imagina que em uma avenida estão passando vários carros e o trânsito flui normalmente para os dois lados. O organismo, enquanto está mandando informações sobre a relação sexual, funciona assim. Ele recebe um estímulo por uma via, responde liberando hormônios por outra e tudo funciona. Só que, de repente, se algum objeto cai na via, o trânsito para e o engarrafamento impede que o cérebro receba novas informações e responda. As distrações que temos durante o sexo funcionam exatamente como esse objeto na via que atrapalha tudo. Ao invés de sentir o toque do parceiro, a respiração dos dois, as sensações que estão sendo geradas pelo toque, a mulher começa a pensar no filho no outro quarto, na meta do trabalho ou na lista de compras do dia seguinte. É o psicológico o grande vilão”, exemplifica a sexóloga.

Por isso, a contração muscular na hora do sexo pode ser de grande valia porque, além de tornar o transporte de energia e de substâncias químicas mais rápido, ela ainda aumenta a concentração da mulher para aquele momento.

Controlar a respiração também ajuda a ter orgasmo

Para aquelas em que a contração é difícil, Cátia diz que a respiração pode ter o mesmo efeito. “Quando você se concentra na respiração, tira a atenção de todos os outros assuntos ou problemas e se permite sentir apenas o que está acontecendo naquele momento. Quando a mente está livre de outras distrações, quando você se permite sentir seu corpo, os movimentos, a respiração, fica muito mais fácil atingir orgasmo”, finaliza.

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