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Responder ou esperar? Ligar ou ignorar? No final das contas, só uma coisa importa: amar

Publicado 9 Jun 2017 – 06:15 PM EDT | Atualizado 16 Mar 2018 – 08:20 AM EDT
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Esperar pelo menos 30 minutos para responder à mensagem de texto; negar um convite na tentativa de "se fazer de difícil"; investigar a vida inteira de alguém na internet, mas fingir descaso no mundo real: afinal, o que ganhamos – e o que estamos perdendo – com tantos jogos de sedução?

O comportamento nunca esteve tão presente nas relações amorosas como agora e os avanços tecnológicos contribuem e muito para isto. Afinal, por trás da tela de um celular ou computador, fica ainda mais fácil mascarar um sentimento.

Os românticos estão em extinção: eles deram lugar a jovens que se gabam de seu desapego, de viver a vida sem amarras. Eles acreditam que se entregar para o amor é cafona, até patético, e quem o faz está fadado ao sofrimento. Mas este não é o mesmo fim de quem opta por passar a vida sozinho?

Jogos de sedução: quem ganha?

"Tudo que é difícil fica mais gostoso": ninguém pode negar que a tática funciona, afinal, somos movidos por desafios, pela curiosidade e, especialmente, pelo ego. Isso leva a uma reflexão: o que pretendemos com este jogo? Conquistar alguém que amamos ou sentir o gostinho de sermos desejados? E será que amamos mesmo, ou apenas tivemos nosso ego desafiado?

“As pessoas estão muito inseguras, porque estão sempre em busca de aprovação do outro. Por isso, aderem aos jogos de sedução e deixam de fazer o que têm vontade. Isso é perigoso”, opina a psicóloga e terapeuta de casais Tatiana Leite.

A própria palavra conquista imprime a ideia de que estamos diante de um objetivo a ser atingido. E o que acontece depois que conseguimos realizar uma tarefa? Passamos para a próxima. O tal jogo termina sem vencedores.

"Papel de trouxa" e o medo da rejeição

“Todo mundo tem medo de ser abandonado ou rejeitado", diz a terapeuta, que defende que nossos objetivos nos relacionamentos estão distorcidos. "É preciso ter em mente que os relacionamentos são para conhecer e se divertir com outra pessoa. Não tem que haver uma cobrança para dar certo."

Por alguma razão, tendemos a nos julgar fracassados quando uma relação termina. E ainda nos cobramos por encontrar o companheiro ideal, aquela que irá nos completar, sem levar em consideração que já somos uma pessoa inteira e quem chega, vem apenas para se somar a isso.

Desde quando decidimos que só podemos amar uma vez na vida, e em todas as outras oportunidades devemos nos preservar porque ainda não conseguimos exatamente aquilo que idealizamos para nós? "A vida é feita de encontros e não devemos fazer de tudo para acreditar que aquela é a pessoa certa." Nunca será a pessoa certa, mas será, sim, a pessoa certa para amar naquele momento.

Vale a pena amar

Por que não se entregar? Por que não ligar, responder, falar, admitir, viver? É um engano pensar que desta forma conseguiremos evitar o sofrimento, já que a agonia de medir cada passo e palavra é um sofrimento em si, e o pior: tudo isso é vivido sem amor.

“É preciso confiar no que você está sentindo, na sua intuição. Você faz o jogo de sedução porque tem medo de se entregar, e a relação perde a espontaneidade", explica Tatiana.

Ao invés de viver blindado, sempre colocando o pezinho na água para medir a temperatura e passando frio do lado de fora, prefira mergulhar, nadar e se esbaldar - afinal, depois que entra, a água esquenta. Entre a agonia de esperar a hora certa e o risco de viver um sentimento lindo que pode acabar, prefira amar. Vale a pena.

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