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Esse foi o melhor "Criança Esperança" de todos: os momentos que merecem aplausos

Publicado 21 Ago 2017 – 12:41 PM EDT | Atualizado 27 Mar 2019 – 08:49 AM EDT
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Na noite de sábado, 19 de agosto, o público da Globo acompanhou a edição de 2017 do " Criança Esperança". Muitos podem não ter conseguido segurar as lágrimas e a emoção ao assistir ao tradicional show, este ano comandado por Flávio Canto, Leandra Leal, Lázaro Ramos e Dira Paes. O que mais chamou atenção, no entanto, foi a abordagem de diversos assuntos, indo além das questões de infância que geralmente são o foco do programa.

Neste ano, o "Criança Esperança" resolveu falar sobre diversos problemas sociais que atingem as crianças e jovens de todo o Brasil. Desigualdade de gênero, racismo, machismo, LGBTfobia e corrupção foram alguns dos temas abordados durante a atração – que também contou com apresentações poderosas e arrepiantes de artistas do momento.

Em uma de suas melhores edições, o show levantou diferentes e importantes questões, trazendo ídolos jovens para tratar dessas discussões.

Destaques do "Criança Esperança 2017"

Muitos momentos da edição 2017 do "Criança Esperança" foram pensados para ficarem marcados em nossas memórias. Entre apresentações e discursos poderosos de artistas já conhecidos e de jovens anônimos, as aparições no palco emocionaram e nos fizeram refletir sobre o futuro de muitas crianças brasileiras.

Neste ano, o evento resolveu apostar nos jovens também quando se trata de campanha e divulgação. Além dos tradicionais artistas globais atendendo os telefonemas de doações, o "Criança Esperança" contou com personalidades como a blogueira Camila Coutinho e youtuber Muro Pequeno.

Discurso de Lázaro Ramos

Um dos pontos altos foi o discurso de Lázaro Ramos contra o racismo. O ator abriu a apresentação declarando que: "A cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no país. Isso é um genocídio que está exterminando o futuro de uma geração inteira. E nós não podemos nos acostumar com esse número".

Ainda sobre o assunto, Lázaro falou sobre a realidade do desenvolvimento humano no Rio de Janeiro. Enquanto isso, Tiago Iorc performou "Tempos Perdidos", do Legião Urbana, ao lado de jovens negros no palco. Neste momento, Lázaro Ramos aproveitou para fazer um apelo. "Quando não se fazem escolas, falta dinheiro para presídios. Um preso custa 13 vezes mais do que um estudante. Essa conta não fecha e não vai fechar nunca. Nós não podemos admitir que gerações e mais gerações se percam sem a chance de ter uma vida digna e plena de direitos. Nós precisamos nos importar", afirmou o artista.

Respeito para as mulheres

Quando chegou a hora de falar sobre desigualdade de gênero, mulheres de diversas faixas etárias se reuniram em um vídeo para citar frases que ouvem diariamente. "Esse vestido não é moderno demais para você?", "Eu não recebo ordens de mulher", "Para uma menina, você até que é inteligente" e "Futebol é coisa de menina" foram algumas das menções das meninas. Ao final, o vídeo conclui que: "Ser menina é ter a liberdade para ser o que quiser".

Entre as melhores apresentações da noite, Karol Conka e Pitty se juntaram para cantar a música "Respect", clássico de Aretha Franklin. Em meio a mulheres de diversas idades e etnias, as artistas pediram a todos por respeito.

"Há 50 anos a cantora Aretha Franklin transformou essa música no maior hino feminista de todos os tempos. Há décadas, milhões de mulheres pedem a mesma coisa. Sabe aquela pergunta: 'Afinal, o que querem as mulheres?'. A gente só que uma coisa: respeito", afirmou Pitty antes da performance.

Representatividade e luta contra homofobia

Quem também emocionou foi Sandy, que ao lado de Silvero Pereira, o Nonato de "A Força do Querer", cantou "Somos Quem Podemos Ser", música do grupo Engenheiros do Hawaii. O ator da novela das nove, que estava travestido de Gisele Almodóvar, seu alterego bastante conhecido na área teatral, substituiu Pabllo Vittar. No fim da performance, Gisele gritou: "Pabllo, essa é para você!".

Todas as doações recebidas pelo "Criança Esperança", um projeto da Rede Globo em parceria com a UNESCO, foram destinadas a projetos humanitários que amparam crianças e adolescentes.

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