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Carro recarregável na tomada não usa uma gota de combustível - e valor não é absurdo

Publicado 26 Mai 2017 – 04:09 PM EDT | Atualizado 16 Mar 2018 – 08:33 AM EDT
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A tendência é global: os carros elétricos estão ocupando espaços nas ruas das cidades mais importantes do mundo. A prefeitura de Nova York, por exemplo, tem o prazo de oito anos para trocar todos os seus 2 mil veículos oficiais por elétricos. A onda está também chegando ao Brasil - e com um preço que cabe no bolso.

Um projeto brasileiro independente promete colocar nas lojas já em julho de 2017 dois modelos de automóveis 100% elétricos. E com um valor compatível com outros carros populares: R$ 44,9 mil e R$ 49,9 mil, para os veículos com duas ou quatro portas, respectivamente.

De acordo com a revista especializada Quatro Rodas, as quatro montadoras mais vendidas do país comercializam seus modelos zero mais baratos por:

  • Volkswagen Up!: R$ 37.990
  • Chevrolet Onix: R$ 38.990
  • Fiat Uno: R$ 41.840
  • Ford Ka: R$ 42.590

Mas, ao contrário dos carros convencionais, o modelo elétrico não usa uma gota de combustível: ele pode ser carregado em qualquer tomada 110 v ou 220 v, como se fosse um celular.

Como será o carro elétrico

A empresa Hitech está desde 2016 desenvolvendo o projeto de um carro elétrico que pudesse ter desempenho similar aos carros convencionais e fosse produzido em larga escala. O engenheiro mecânico Rodrigo Contin, que é chefe de equipe de automobilismo Hitech Racing, assumiu o desenvolvimento do automóvel.

O carro que será vendido ao consumidor final é o e.coTech2 ou e.coTech4 (depende do número de portas). A velocidade não empolga tanto, chega até 60 km/h, e a autonomia do veículo (distância que pode percorrer sem abastecer) é de 100 km. O sistema de abastecimento, contudo, é inovador.

São dois tipos de bateria. A de íon-litio é recarregada em postos específicos e fica cheia em apenas 30 minutos. A bateria de chumbo-ácido leva até 8 horas para dar a carga máxima, mas pode ser feita em qualquer rede elétrica em voltagem 110 v ou 220 v. “Basta ter um cabo nas mãos e uma tomada, e funciona semelhante a um celular’, explica o engenheiro.

Custos do carro elétrico

A previsão da Hitech é que em julho as cidades de Curitiba (sede da empresa), Porto Alegre, Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia e Belo Horizonte já tenham os veículos para comercialização. Atualmente, o carro já está em circulação em empresas de serviço, como aeroportos, resorts e clubes.

O maior benefício, justificam os idealizadores do projeto, é o custo de abastecimento. O engenheiro chefe afirma que por R$ 4,50, com tarifa-base da Copel (PR), seria possível andar até 120 km com o veículo. A expectativa é colocar em circulação 1.000 veículos até o fim de 2018.

Carro elétrico no mundo

Além de Nova York, muitos lugares já estão com planos de ostentar apenas frotas elétricas. O caso de maior alcance é o da Noruega, que determinou que até 2025 não seja mais vendido nenhum carro movido a combustível fóssil.

Os carros elétricos de alta performance já estão quase no mesmo nível de desempenho que os tradicionais movidos à gasolina. O veículo elétrico mais rápido do mundo, o Corvette Genovation GXE, alcança os 330,9 km/h. O também elétrico Tesla Model 3, antes de seu lançamento oficial já tinha 325 mil compradores - foi a maior pré-venda automobilística de todos os tempos.

“As perspectivas são animadoras. A frota de elétricos no Brasil de 1%, e isso dá a energia necessária para acreditarmos que estamos no momento certo com o produto certo. Prevemos que o mercado de carros elétricos se consolide em até cinco anos nas principais capitais”, afirma Contin.

Ele conta, inclusive, que já há um segundo modelo previsto para o mercado. Trata-se do e-GO, um veículo elétrico voltado para desempenho: produzido com fibra de carbono, atingirá até 120 km/h, com autonomia de 350 km. Seu lançamento está marcado para dezembro.

Carros do futuro

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