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Cientistas estudam maneira de prever ataque terrorista e descobrem: internet é o caminho

Publicado 16 Jan 2017 – 12:11 PM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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E se fosse possível prever crimes e ataques terroristas assim como no filme “Minority Report”, em que o ator Tom Cruise (foto acima) vive um chefe da divisão de pré-crime da polícia, um setor em que o futuro é visto pela ajuda de pessoas paranormais?

O mundo ainda não chegou nesse nível, mas as inteligências artificiais conseguiram desenvolver estratégias tecnológicas para anteceder crimes, ataques terroristas e manifestações sociais. 

Como evitar ataques terroristas?

Um estudo da Universidade de Miami, publicado na revista científica Science, revelou que é possível reunir dados da internet para descobrir crimes e ataques terroristas que estão prestes a acontecer, por meio do cruzamento de informações e com a ajuda de uma fórmula matemática.

A pesquisa do físico Neil Johnson e da sua equipe de cientistas monitorou a rede social de serviços da Europa, Vkontake, com mais de 350 milhões de usuários de diversas culturas, mediu a atividade social e confirmou padrões que podem ser usados na prevenção.

Tudo isso porque todo mundo deixa inúmeros rastros pela internet. Tudo o que você faz no computador, no celular, no tablet, com o uso de GPS, redes sociais, google, e outros bancos de dados, fica gravado.

As mensagens que circulam nas redes sociais podem indicar o estado da evolução de uma epidemia, por exemplo. Sua interpretação só precisa de robôs de Big Data, que consigam reunir essas informações e analisá-las.

“Dados serão o principal combustível para a segurança nacional deste século”, disse William Roper, diretor do Departamento de capacidades estratégicas do Escritório de Defesa, durante conferência, em Washington, como reportado pelo site de notícias americano Bloomberg.

Internet na luta contra o terrorismo

A Casa Branca lançou um plano estratégico para pesquisa avançada e para o desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial com esse propósito.

A ideia não é adivinhar quem vai cometer o crime, mas sim ajudar a polícia a decidir para onde mandar seus recursos, enviando pessoas ou monitorando por câmeras, e proteger as pessoas que possam ser atingidas.

Por exemplo, quando aconteceu o ataque de setembro de 2016, em Manhattan, nos Estados Unidos, atribuído a Ahmad Khan Rahami, que deixou 29 pessoas feridas. As autoridades conseguiram descobrir depois que ele tinha comprado material para fabricar bombas no eBay antes dos ataques.

Dados como esse e outros como a visita a links de vídeos de grupos jihadistas (ligados à ideologia islâmica terrorista) poderiam ter ajudado a prever algum ataque por parte Rahami, de acordo com dados do FBI.

Já existe um serviço em andamento implantado, chamado Companhia de Controle de Prevenção, para prever onde esses tipos de situações podem ocorrer. Algoritmos do software calculam a probabilidade de um crime acontecer em diversas localidades.

Entretanto, existem algumas ressalvas que impedem tecnologias como essa de serem utilizadas amplamente pelo mundo: elas atacam a privacidade das pessoas, uma vez que as autoridades precisam ter acesso ao dados criptografados da internet, como do WhatsApp, por exemplo.

John Pointdexter, um ex-oficial do Departamento de Defesa dos EUA criou um programa para realizar esse tipo cruzamento de dados, em 2002. Mas, justamente por causa da privacidades dos cidadãos, ele se tornou controverso e foi cancelado no ano seguinte.

Todavia, Pointdexter acredita que é possível manter o respeito às informações das pessoas e ainda assim ter acesso aos dados para ajudar na segurança. “Nós podemos coletar e procurar informações de planejamentos terroristas que não tenha um impacto adverso em pessoas inocentes”, alega ele.

Terrorismo no mundo

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