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O Youtube dos textos: conheça a Medium, rede social criada para quem adora textão

Publicado 27 Set 2016 – 09:08 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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O empresário Evan Williams foi um dos criadores da plataforma Blogger e chacoalhou as redes sociais como cofundador do Twitter. Agora, ele pretende instituir uma nova revolução no mercado de publicações digitais: já ouviu falar da  plataforma Medium, criada especialmente para quem adora compartilhar textões? Sim, ela também é criação de Williams.

O que é Medium?

Ele lançou a Medium em 2012, com o objetivo de retomar aquilo que os blogs do início dos anos 2000 faziam: promover debates e permitir que formadores de opinião, consagrados ou não, pudessem criar longos textos sobre qualquer assunto.

A diferença é que, pelo Medium, não é preciso ter o mínimo de conhecimento de programação que ferramentas como Wordpress e Joomla exigem; basta clicar em “Get Started”, fazer login com alguma rede social, escolher os tópicos de interesse e passar a seguir algumas pessoas influentes.

Na prática, o Medium funciona como uma rede social e como um publicador ao mesmo tempo. “Nós queremos ser para os contadores de histórias no meio digital o que a HBO e a Amazon Studios são para os produtores de TV, ou o que as melhores incubadoras são para as startups”, disse Mark Lotto, chefe cocriativo da plataforma.

Empresas usam o Medium para debates

A citada Amazon já chegou a fazer uso público do Medium. Quando soube de uma reportagem no New York Times que criticava a cultura de trabalho da empresa, Jay Carney, vice-presidente sênior da gigante de varejo, escreveu um artigo no Medium com o título “ O que o New York Times não te disse”.

Polêmicas no Brasil

Apesar da ferramenta ser totalmente em inglês, muitos brasileiros também estão aderindo ao Medium. Recentemente a plataforma abrigou uma ampla discussão: um autor, identificado como Nero, escreveu o artigo com o título “ Como foi transar com uma vítima de estupro”. A repercussão foi gigantesca, e ele recebeu diversas críticas, principalmente por romantizar uma situação de violência sexual, além de fazer apropriação de uma situação tão delicada como é o estupro.

Além da enxurrada de postagens no Twitter e Facebook, fcou bastante popular a réplica “ De uma vítima de estupro sobre o texto” – também publicado no Medium, por uma usuária que assina como Reyes.

Medium: valor de mercado

Hoje, o Medium tem um valor estimado em mais de R$ 1,8 bilhão de mercado – principalmente após a chegada de Evan Williams, que atraiu um quarto desse valor recentemente com investidores.

“Agora, o Medium começa a experimentar alternativas de ganhar dinheiro”, afirmou em uma reportagem da revista The Economist. Eles querem introduzir anúncios nas páginas e estudam ficar com um percentual de assinantes de determinadas publicações que cobram pelo acesso.

Atualmente, eles têm 30 milhões de usuários mensais – muitos deles, segundo Williams, com “apetite para uma prosa mais suculenta”.

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