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Olimpíadas 2016: EUA inventa um jeito de enfrentar poluição da Baía de Guanabara

Publicado 5 Ago 2016 – 05:03 PM EDT | Atualizado 14 Mar 2018 – 09:30 AM EDT
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Com os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, uma das maiores dúvidas que surgiram é se ainda é possível realizar as competições diante de lixo, altos níveis de contaminação por vírus e bactérias de esgoto encontrados na Lagoa Rodrigo de Freitas ou na Baía da Guanabara?

A melhor solução para os esportes disputados no território marítimo do Rio de Janeiro, pelo menos até agora, foi apresentada pela equipe dos Estados Unidos: eles desenvolveram uma roupa antibacteriana para proteger contra a poluição que, de acordo com especialistas, pode causar infecções e reações alérgicas na pele dos atletas.

Desenvolvida pela Universidade da Filadélfia, a roupa especial ajuda a diminuir a exposição aos micróbios e bactérias.

O engenheiro têxtil Mark Sunderland, que ajudou a criar a roupa, afirmou à CNN que ela é mais leve que 1g. “Até uma folha de papel é mais pesada”, disse.

Lixo na Baía da Guanabara

Uma das promessas do Comitê Olímpico Internacional ao trazer os jogos para a cidade do Rio de Janeiro era limpar, o máximo possível, a Baía de Guanabara.

Suas águas preenchem 412 km² de superfície, mas está em processo de limpeza desde 1994, consumindo mais de R$ 10 bilhões dos cofres públicos.

Por dia, uma tonelada de lixo é retirada da Guanabara.

Como outros países se prepararam

Alguns países já prepararam seus atletas para esse cenário – e não apenas por conta da sujeira. Em esportes olímpicos como vela e canoagem é preciso ficar atento com a orientação das correntes marítimas e com a força e direção do vento.

Os britânicos, por exemplo, observam a Baía de Guanabara e a Lagoa Rodrigo de Freitas desde 2013.

O gerente da equipe de vela do Reino Unido, Stephen Park, contratou técnicos para gravar a velocidade do vento e coletar dados sobre o clima do Rio. “Isso é difícil porque as coisas aqui mudam muito”, disse Park ao UOL.

A Holanda seguiu o mesmo caminho e se instalou no bairro da Urca, perto do Pão de Açúcar, também em 2013, e uniu-se à empresa hidráulica Svasek, que ajuda a coletar dados computadorizados a partir de observações.

Mas a equipe que parece ter avançado mais na preparação para as Olimpíadas na Guanabara foi a alemã. Desde 2011, a equipe conta com softwares para ajudar seus atletas a desenvolver melhor treinamento, performance e rápido aprendizado.

Eles criaram um programa com modelos virtuais a partir de dados de cada um dos velejadores. Um dos desenvolvedores da tecnologia, Marcus Baur, disse ter realizado mais de 3.000 medições em toda área da Baía da Guanabara para construir um modelo de maré que serviria como orientação aos atletas.

Apesar da complexidade do programa, Baur disse que o problema estava mais na confiança das informações. “Na competição final do Campeonato Mundial da Espanha, em 2014, o técnico alemão Philipp Buhl teve acesso à informação, mas não confiou nelas”, disse à BBC. “Nosso modelo de maré recomendou ele seguir uma direção, mas ele foi em outra e perdeu”.

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