Por que fazer sexo quando se está chateado com o parceiro é a pior coisa para a relação
Seduzir o(a) parceiro(a) para iniciar o sexo com o intuito de encerrar uma briga: muitas pessoas usam o artifício para fazer as pazes, mas especialistas em relacionamento alertam que fazer disso um hábito pode prejudicar o casal.
"Muitos casais vivem nessa condição, o famoso 'entre tapas e beijos'", comenta a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello. Segundo ela, quem não sabe se expressar de maneira prática e objetiva acaba recorrendo ao sexo na esperança de que o parceiro simplesmente esqueça as mágoas e o problema se dissolva. Mas não é assim que funciona.
Sexo de reconciliação: por que a prática pode acabar com sua relação
O grande problema é que transar depois de uma briga pode desconectar do sexo seu cunho afetivo e amoroso. "Quando há o desentendimento envolvido, o ato sexual se transforma em apenas em um exercício físico, vamos dizer assim", diz Carla Cecarello.
E mais, o casal precisa entender que o sexo não pode ser o único pilar da relação, é preciso haver outras formas de sustentar o envolvimento com o parceiro ou parceira.
"Não há outra saída: os casais precisam aprender a enfrentar os conflitos e conversar, resolver as questões", aconselha Cecarello em seu canal no YouTube.
As mágoas "esquecidas" ao longo da relação podem se transformar em uma verdadeira bola de neve e causar problemas difíceis de resolver mais para frente.
"E, claro, no fim da transa, o conflito ainda vai existir, pois não houve o momento da conversa e tudo foi guardado e escondido", alerta a sexóloga.
Consequências para a relação amorosa
A especialista afirma que manter esse hábito pode culminar em sintomas mais sérios ao longo do tempo, como a dificuldade em atingir o orgasmo, a disfunção erétil e a ejaculação precoce.
"A hora do sexo não é hora de ter junto os problemas de dinheiro, conflitos familiares e outros atritos. É lugar de dormir, descansar e fazer amor", conclui Cecarello.