null: nullpx
msn_feed-Mulher

Como a pílula pode afetar o desejo sexual: reduz testosterona, lubrificação e mais

Publicado 14 Set 2016 – 09:00 AM EDT | Atualizado 14 Mar 2018 – 09:30 AM EDT
Compartilhar

A relação foi ficando morna sem que você nem ao menos percebesse e, de repente, a vontade de transar desapareceu. Existem muitas causas para situações assim e uma delas é a pílula anticoncepcional. Em algumas mulheres, ela pode reduzir o desejo sexual e afetar outros aspectos da sexualidade.

Anticoncepcional diminui a vontade de ter relação? Como?

Testosterona pode ficar reduzida

Enquanto a mulher produz os folículos, que são cavidades que abrigam os óvulos antes da ovulação, é produzido o hormônio luteinizante, que, além de estar relacionado à ovulação, tem impacto direto sobre a produção da testosterona.

“Os anticoncepcionais inibem a liberação do folículo para que a mulher não engravide e acabam diminuindo também a produção de testosterona no ovário”, explica a ginecologista Maria Elisa Noriler. A testosterona age diretamente sobre o desejo sexual e, quando seus níveis estão baixos, a vontade de transar pode diminuir.

Outras partes do corpo, como a glândula suprarenal e o tecido gorduroso, também produzem testosterona e, por isso, nem todas as mulheres sentirão a queda do hormônio.

Testosterona pode ser eliminada por completo

Em entrevista ao Vix, a nutróloga especialista em fisiologia hormonal Anna Virgínia Pinto, da Clínica Patrícia Davidson, do Rio de Janeiro, explicou que o corpo produz, normalmente, globulinas, que são proteínas responsáveis por transportar e regular os hormônios no corpo.

Hormônios sintéticos, como os da pílula, não se ligam a essas globulinas, mas são percebidos pelo organismo. Com o objetivo de eliminar a alta de hormônios detectada, o corpo libera mais e mais globulina, que acaba tirando de circulação grande parte da testosterona natural que estava disponível.

Pílula diminui a lubrificação 

Quando o corpo percebe a presença dos hormônios artificiais, ele diminui a produção dos seus próprios hormônios do mesmo tipo. A pílula anticoncepcional, por sua vez, possui mais progestagênio que estrogênio, por isso, a concentração desse hormônio poderá sofrer uma queda no organismo.

Quando há uma diminuição do estrogênio, a flora vaginal se desequilibra e ocorre uma diminuição do número de células que compõem a parede vaginal, deixando-a mais fina. Tudo isso contribui para a diminuição da lubrificação vaginal.

Como voltar a ter desejo

A ginecologista Maria Elisa explica que mudar o tipo de pílula anticoncepcional ou ainda escolher outro método, como o anticoncepcional injetável ou o implante subcutâneo, pode ajudar a restaurar a libido. Essa mudança deve ser feita com a orientação do ginecologista.

Outra opção é utilizar métodos não hormonais, como o DIU de cobre, a camisinha ou até o DIU de Mirena, que tem hormônios, mas cuja circulação é apenas local e não impede a ovolução em 80% dos casos.

Mas antes de fazer essas mudanças, é preciso analisar outros possíveis fatores causadores da queda da libido, como estresse, excesso de trabalho, crise no relacionamento, outras alterações hormonais ou medicamentos, como os antidepressivos, por exemplo. 

Tudo sobre pílula anticoncepcional

Compartilhar
RELACIONADO:msn_feed-Mulher

Mais conteúdo de interesse