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Sexo oral sem camisinha está disseminando doença grave e quase ninguém sabe

Publicado 28 Jul 2017 – 11:00 AM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Os dados de 77 países mostram que a resistência aos antibióticos está deixando a gonorreia - uma infecção sexualmente transmissível - muito mais forte e, às vezes, até impossível de se tratada. Esse alerta foi compartilhado pela Organização Mundial de Saúde, que estabeleceu uma relação direta entre o aumento da doença com a queda no uso de preservativo durante o sexo oral.

Sexo oral torna gonorreia mais resistente

O problema é que as bactérias que causam a gonorreia estão cada vez mais resistentes. “Toda vez que usamos uma nova classe de antibióticos para tratar a infecção, as bactérias evoluem para resistir a eles", declarou a pesquisadora Teodora Wi, Diretora Médica na OMS. Por isso, o sexo oral é um fator de exposição a mais à doença.

Tudo porque a OMS relata uma resistência generalizada a antibióticos mais antigos e baratos. Alguns países - especialmente os de mais alta renda per capta como Espanha, Japão e França, onde a supervisão em saúde é melhor - estão encontrando casos de infecção que não conseguem ser tratadas por nenhum dos antibióticos conhecidos.

"Esses casos podem ser apenas a ponta do iceberg, uma vez que os sistemas para diagnosticar e relatar infecções intratáveis são insuficientes em países de baixa renda onde a gonorreia é realmente mais comum", acrescenta Wi. Além disso, os dados relativos ao uso de camisinha têm demonstrado queda frequente nos últimos anos, com risco para contaminação durante o sexo oral aumentado expressivamente.

Todos os anos, estima-se que 78 milhões de pessoas (11 milhões somente nas Américas) sejam infectadas com gonorreia. A condição pode infectar genitais, reto e garganta. As complicações da doença afetam desproporcionalmente as mulheres, incluindo doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica e infertilidade, bem como um risco aumentado de contrair HIV.

A diminuição do uso do preservativo, o aumento da urbanização e das viagens, baixas taxas de detecção de infecção e tratamento inadequado ou falido contribuem para esse aumento. Assim, pelas chances de futuramente se tornar uma doença sexualmente transmissível incurável, a supergonorreia precisa ser evitada através de preservativos tanto para sexo com penetração, como oral.

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