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4 coisas INCRÍVEIS que defende o pediatra mais aclamado do momento

Publicado 20 Jul 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Com uma visão mais afetiva e “instintiva” sobre a educação dos filhos, o pediatra espanhol Carlos González tem chamado a atenção do mundo todo. Suas ideias, do que chama de uma “criação com apego”, vão contra a rigidez de muitos profissionais, hábitos antigos herdados e fontes tradicionais de informação.

Casado há mais de trinta anos e pai de três adultos, o catalão defende, entre outras ideias, demonstrações de carinho e respeito, colo e afeto sob livre demanda e  aleitamento exclusivo até os seis meses de idade. Conheça a seguir quatro de seus conselhos mais modernos.

O que defende o pediatra Carlos González

1. Socorrer os filhos assim que choram

Para o pediatra, a criança quando chora ou grita está aprendendo a lidar com suas frustrações, necessidades e dores (físicas e emocionais) - e se o processo de aprendizagem de qualquer tarefa e comportamento é muito difícil para ops adultos, imagine para as crianças, que ainda não têm pleno domínio da linguagem verbal para explicitar o que está sentindo.

Por isso, o pediatra defende que em qualquer situação o choro deve ser acolhido, seja em situações de dor ou desconforto, seja no processo educativo. Isto não significa que não deve haver disciplina ou educação, mas sim que ela deve vir acompanhada de respeito e compreensão pelo processo de aprendizagem. “Minha profissão consiste em atender o mais rápido possível a um desconhecido que vem ao hospital no meio da noite. Jamais me ocorreu deixar o paciente chorar um pouco, como ia fazer isso com meus próprios filhos?”, questiona o profissional em suas palestras.

2. Deixá-los decidir o quanto comer

“Não forçava a minha esposa a comer, por que obrigaria meus filhos?”, diz o especialista, que também lembra que ninguém, nem ele, come de tudo. Em seus dois livros “Meu Filho Não Come” e “Manual Prático do Aleitamento Materno”, González explica que as crianças comem muito menos do que os pais esperam e defende que elas precisam aprender a se alimentar sozinhas, além de terem sua autonomia respeitada - uma criança pequena pode simplesmente não gostar de um alimento, mas se beneficiar de inúmeros outros sem nenhum prejuízo à saúde. 

Nas suas práticas, o médico explica que as famílias têm uma ideia equivocada de alimentação e que há muito tempo perdeu-se a capacidade de pensar na comida com um cuidado especial. A consequência é a falta de interesse pelos alimentos, quadro que resulta obviamente em pessoas - não apenas crianças - sem muito interesse pela comida de verdade. Afinal, não há como ensinar um bebê a apreciar o sabor de um ingrediente saudável quando esse não é o hábito de seus pais.

3. Dar colo e afeto sem limites

“Não tenham medo de deixá-los malcriados. O afeto nunca prejudicou ninguém”, repete incansavelmente. Isto porque, para ele, o carinho, o afeto, o abraço, o contato físico é essencial para a formação sólida de um indivíduo e, ao contrário da ausência e da carência, que são extremamente prejudiciais, demonstração de amor não faz mal.

O pediatra acredita que se os adultos sentem necessidade de se abraçarem e se beijarem para demonstrar afeto porque só dizer e ouvir "eu te amo" não é suficiente, as crianças e os bebês precisam ainda mais, já que sequer conhecem o significado dessas palavras.

4. Nunca repreender com punição

Para ele, para ser um adulto pleno, ponderado e responsável, as crianças precisam aprender a ter autocontrole, e não serem controladas, e isso se ensina pelo exemplo. “As crianças precisam ter limites, claro. Não podem voar, não podemos deixar que brinquem com fogo, que bebam alvejante ou batam em outras crianças. A questão é nos darmos conta de que os pais também precisam ter.  Não podemos bater em nossos filhos. Não podemos gritar com eles, humilhá-los, ridicularizá-los, mas também ignorá-los.”

Com isso, Dr. Carlos defende que o respeito e a disciplina positiva são capazes de, de fato, ensinar uma criança o que é certo e o que é errado e formá-la um adulto respeitoso, enquanto agressões verbais e físicas apenas ensinam sobre medo e controle e ainda fazem com que elas assimilem amor com agressão, fator que mais tarde pode ser bastante problemático, especialmente em relações afetivas.

Educação dos filhos

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