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Infecção que levou Rogéria para UTI é comum e costuma ser branda. Como agrava?

Publicado 14 Jul 2017 – 12:41 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Uma infecção urinária levou a artista Rogéria, de 74 anos, a uma internação de emergência na última quinta-feira (13). Ela foi levada à Clínica Pinheiro Machado, no bairro das Laranjeiras, Rio de Janeiro, onde os médicos avaliaram a necessidade de interná-la na Unidade de Tratamento Intensivo.

“Rogéria foi para a UTI para ter um atendimento mais próximo, com acompanhamento mais preciso dos médicos e receber as medicações devidas”, relatou ao VIX seu empresário e produtor Alexandro Haddad, que acompanhou a artista no hospital. “Ela está ótima de saúde, apenas um pouco chateada e assustada por causa da internação”, disse.

Não há ainda previsão para a alta da atriz e cantora, que está agora sob medicação. O documentário Divinas Divas, que tem Rogéria como uma das protagonistas e é dirigido por Leandra Leal, recentemente foi eleito o melhor filme no Festival do Rio pelo júri popular.

Quando a infecção urinária pode ser grave?

Infecção é um dos mais comuns acometimentos do aparelho urinário, mas o fato de ser relativamente comum não significa que não seja perigosa.

O infectologista Marcos Antonio Cirilo, da Sociedade Brasileira de Infectologia, explica que a infecção pode ocorrer de duas formas: na bexiga ou nos rins.

“Quando começa na bexiga, a infecção urinária é mais simples, é mais fácil de ser tratada”, informa o médico. “Quando ela começa no rim, ou se começa na bexiga e chega ao rim, ela complica bastante. Isso porque é comum que a bactéria do rim caia na corrente sanguínea e pode se tornar uma infecção generalizada”, alerta.

Sintomas de cada tipo de infecção

As características da infecção urinária baixa (na bexiga) e alta (nos rins) são bastante diferentes. A mais comum é a que tem origem na bexiga e pode ter como sintomas ardência e dor no canal da uretra e recorrência de urina sendo expelida “pingo a pingo”, com febre baixa ou até mesmo ausência de febre.

A infecção urinária nos rins é menos óbvia. Ela pode ser percebida a partir de dores na região lombar e não necessariamente gera dores durante a eliminação da urina. Outra diferença é a febre, muito mais alta neste caso.

Fatores de risco

Mulheres estão muito mais propensas a terem este tipo de infecção, sobretudo após a menopausa. O infectologista Marcos Antonio Cirilo informa que são fatores de risco para o desenvolvimento da doença: uso de creme espermicida, prática da ducha vaginal e alta variação de parceiros sexuais.

Entre os homens, a doença é bem mais comum em idosos por dois motivos: aumento da próstata e não esvaziamento total da bexiga ao urinar. Fatores de risco comuns aos dois sexos é o quadro de diabetes e outras infecções prévias.

“Qualquer desses sintomas já deve ser suficiente para procurar um médico. Pode ser uma cistite simples, mas se atingir o rim, a doença pode complicar”, alerta o médico.

*Matéria publicada em 14/07/17.

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