null: nullpx
doença-Tasaudavel

Insônia familiar fatal: doença genética rara aparece depois dos 30 e não deixa dormir

Publicado 9 Jun 2017 – 08:00 AM EDT | Atualizado 16 Mar 2018 – 08:25 AM EDT
Compartilhar

Não conseguir dormir bem é um problema grave, visto que prejudica a vida em diversos aspectos. Agora, imagine nunca sentir sono e nem cochilar por um minuto sequer. Esse martírio tem nome: insônia fatal. De ordem genética, a doença leva à morte em aproximadamente 2 anos após se manifestar. Entenda:

O que é

Segundo o psiquiatra Rafael Brandes Lourenço, especialista em medicina do sono pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, insônia familiar fatal é uma doença genética que acomete 27 famílias em todo o mundo.

O defeito causa acúmulo de uma proteína cerebral chamada príon, levando ao comprometimento de áreas do cérebro como tálamo e sistema simpático. 

O problema nasce com o indivíduo, mas pode ficar adormecido por várias décadas - período em que o paciente não sentirá nenhum sintoma - de modo a se manifestar após 30 ou 40 anos. 

O que causa insônia familiar fatal?

A primeira fase da doença gera a insônia que piora progressivamente até causar completa incapacidade de dormir, o que não ocorre nas insônias comuns. Juntamente à falta de sono podem surgir paranoia, ataques de pânico e até mesmo alucinações.

Em seguida, há a fase de emagrecimento súbito e, depois, a degradação das funções cognitivas e o início do estado de demência.

Por fim, há o retorno da capacidade de dormir, mas com sonolência excessiva, seguida de coma e morte.

Tem cura?

Infelizmente, ainda não há cura para o problema. Remédios e receitas caseiras, como chás para insônia, também não fazem efeito sob a falta de sono apresentada na condição.

Quando desconfiar?

O médico Rafael Brandes Lourenço explica que a doença é incomum e a maioria dos casos se concentra na Europa. "As pessoas não devem ficar alarmadas, pois é algo extremamente raro e de origem genética", ressalta. Ou seja, se ninguém na sua família teve, você também não terá.

Doenças raras: veja mais

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse