Se mulheres tivessem o mesmo tamanho de manequins de loja, estariam doentes: estudo
Na vitrine, a roupa está linda no manequim, mas, quando você veste no provador, não cai tão bem? Um novo estudo explica por que tantas mulheres ficam frustradas nessa situação e mostra o impacto que isso pode ter.
Corpos de manequins são irreais
Após investigar vitrines em duas cidades do Reino Unido, pesquisadores da Universidade de Liverpool descobriram que o tamanho dos manequins femininos não condiz com a realidade. E, se as mulheres tivessem as mesmas medidas que os bonecos, provavelmente não seriam consideradas saudáveis.
O estudo afirma que o tamanho médio do manequim representa uma mulher com baixo peso e silhueta pouco semelhante ao real.
Risco
"Existe uma evidência clara de que o ideal 'ultrafino' de manequim contribui para o desenvolvimento de problemas de saúde mental e transtornos alimentares em mulheres", afirma Eric Robinson , autor do estudo, em entrevista ao site da rede britânica BBC.
"Nós não encontramos um único manequim feminino que tivesse um tamanho normal", diz ele.
Inclusive, nenhuma das lojas sequer permitiu que os pesquisadores avaliassem as bonecas de exposição de roupas de perto. Assim, eles precisaram confiar nas medidas visuais.
Em relação aos manequins masculinos, foi notado que eles estão menos propensos a serem esbeltos, mas sim a terem mais músculos do que o real, o que também poderia prejudicar como os homens lidam com seus corpos.
Representatividade da mulher real
Essa discussão não é recente e algumas redes já anunciaram mudanças nos tamanhos dos expositores de roupas. Entretanto, até 2015, quando o estudo foi realizado, nenhum deles foi visto.
O tamanho dos bonecos que expõem roupas é visto como uma questão problemática de representatividade do corpo feminino há décadas. Em 1992, outro estudo analisou manequins de 1930 a 1960 e concluiu que, se mulheres reais fossem semelhantes, seriam tão finas que não poderiam menstruar.