Após contrair piolho, criança é internada com infestação de larvas de moscas na cabeça
Uma menina de 5 anos foi internada no Hospital Maria Lucinda, no bairro Parnamirim, na Zona Norte do Recife (PE), por conta de uma infestação de larvas de moscas na cabeça.
A criança morava com os pais em Águas Compridas, Olinda, Grande Recife, e foi levada ao hospital após sua avó perceber as larvas.
Segundo reportagem do site de notícias G1, foi a própria instituição que fez a denúncia ao Conselho Tutelar após se chocar com a situação da criança.
Ao site, o conselheiro tutelar Anderson Araújo, responsável pelo caso, afirmou que a infestação aconteceu após a criança abriu feridas na própria cabeça de tanto coçar por causa de piolhos.
Ao serem questionados sobre a situação da filha, os pais teriam dito que ela fazia tudo sozinha, se arrumava e comia sem ajuda dos adultos e reclamava se eles mexessem em sua cabeça. Por isso, as larvas teriam passado despercebidas.
O conselheiro também afirmou que foram encontradas lêndeas no couro cabeludo da irmã mais nova da garota, mas que ela já estava sendo tratada.
Pai e mãe correm o risco de perder a guarda da filha e, após receber alta do hospital, ela ficará com a tia ou a avó materna até que a Justiça decida o seu futuro.
Quadro grave teria sido causado por piolho
“De tanto coçar a cabeça por causa dos piolhos, a menina abriu feridas na cabeça. As moscas aproveitaram o machucado profundo para depositarem seus ovos”, disse Anderson Araújo ao G1.
Ainda segundo ele, um quadro grave como o da criança não ocorre “de um dia para o outro”.“Tudo indica que a menina passou meses sofrendo com essa condição”, afirma.
Flavia Oliveira, pediatra da Clínica MedPrimus São Paulo, comenta que o piolho em si não ocasiona consequências graves, exceto em casos extremos.
“É muito difícil mensurar o quanto uma criança consegue coçar a cabeça para chegar ao ponto de formar uma porta de entrada tão profunda para infecções. Não posso dizer que é impossível acontecer, mas é bem improvável”, fala a especialista.
“Mas, sim, existem níveis tão baixos de higiene que infelizmente podem acarretar no aparecimento de larvas. Pode ser que essa menina não tenha feito o machucado com a própria mãozinha, já que as unhas das crianças ainda não são tão grandes. Ela pode ter usado um brinquedo para coçar o couro cabeludo, por exemplo”, diz Flavia.
O que causa piolho?
Diferente do que muitas pessoas acham, a proliferação do piolho não está ligada à falta de higiene. “As características do couro cabelo é que vão determinar a multiplicação do piolho. Por exemplo, se a região é abafada, úmida e fechada, independente do volume do cabelo”, aponta a especialista.
A transmissão se dá pelo contato pessoal direto com quem está infestado e pelo compartilhamento de objetos como pente, boné, presilhas e demais acessórios.
O quadro causa coceiras no couro cabeludo que começar na região da nuca e atrás das orelhas.
Uma vez detectada a condição, é preciso usar shampoos de tratamento e pente fino para remover os piolhos.
Caso aconteça duas ou três vezes, é preciso fazer uso de remédio oral. Os sintomas começam a melhorar logo no primeiro dia.
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