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Erro médico atrasou diagnóstico de câncer em famosa em um ano: entenda caso

Publicado 17 Out 2016 – 01:34 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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A apresentadora Sabrina Parlatore descobriu um câncer de mama no início de 2015, mas só revelou a doença recentemente, quando já estava curada.

Agora, sete meses após conseguir vencer o câncer, ela revela que foi vítima de um erro médico que atrasou o seu diagnóstico em um ano. Em entrevista ao programa Sensacional, da RedeTV!, Sabrina contou que uma ultrassonografia mamária acusou um nódulo em 2014, mas, mesmo assim, seu médico ginecologista não pediu uma biópsia. Entenda o caso a seguir.

Descoberta do câncer

Sabrina conta que, apesar do nódulo apontado na ultrassonografia, seu médico optou por não pedir uma biópsia, já que outro exame, a mamografia, não havia identificado alterações.

"Estava bem pequeno [o nódulo], mas, mesmo assim, a médica do laboratório indicou a realização de uma biópsia. Mas o ginecologista que eu passava na época achou que não precisava, já que a mamografia não tinha acusado nada", relembrou a apresentadora.

Mamografia e ultrassonografia com resultados diferentes

A mamografia é um exame de radiografia das mamas e eficaz na detecção precoce do câncer de mama. No entanto, a ultrassonografia é capaz de identificar nódulos quando o tecido mamário é mais denso, lesões que, em alguns casos, podem passar imperceptíveis na mamografia.

“Na minha mamografia não tinha dado nada porque eu tenho mama densa. Também não sei explicar direito, mas o ultrassom consegue ver melhor algumas partes da mama”, comenta Sabrina.

O diagnóstico correto aconteceu apenas em 2015, após ela sentir um caroço na mama fazendo autoexame. “Foi uma comida de bola do médico. Depois disso, aprendi a não confiar em qualquer médico, até porque tem médico que erra, sim", desabafou.

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“Foi um baque, foi um susto enorme. Foi um momento dificílimo. Eu não imaginava porque a gente não tinha nenhum caso na família de câncer. Você acha que isso não vai acontecer com você e de repente aconteceu. Graças a Deus eu senti [o caroço] e conseguiu pegar a tempo”, comentou.

Além disso, ela também falou sobre a importância de ter descoberto a doença menos de uma semana após sentir o caroço. “A maior arma contra o câncer, principalmente o câncer de mama, é o diagnóstico precoce”, alerta.

Tratamento do câncer de mama

A cirurgia foi feita menos de um mês depois do diagnóstico, mas ela conta que a parte mais difícil foram os efeitos colaterais da quimioterapia. "É horrível. Tudo o que a gente ouve dizer que é muito forte, é isso e mais", relembra.

“Apesar de já ter tirado o tumor, como ele já estava um pouco mais grandinho, a possibilidade de alguma célula [cancerígena] ter escapado para o corpo existe. Se existe, a quimioterapia vem para eliminar possíveis células do câncer”, fala sobre por que precisou se submeter às sessões de quimioterapia.

Efeitos colaterais da quimioterapia

Em relação aos efeitos colaterais, Sabrina diz que sentia um mal-estar geral. Além de perder pelos do corpo, a apresentadora diz que sua imunidade ficou muito baixa, teve mucosite (inflamação nas mucosas orais), ficou com o organismo sensível e a pele muito fina, teve alterações no intestino, náuseas, enxaquecas fortes e precisou tomar remédio para o estômago todos os dias.

Medo da morte

Sobre a doença, a apresentadora disse que aceitar a doença foi fundamental para a sua recuperação, mas também pensava na morte. De acordo com Sabrina, esta aceitação trouxe serenidade para ela. 

“A gente começa a ficar muito reflexivo. A ideia da morte fica mais presente. Você começa a pensar mais sobre isso”, confessa.

Por outro lado, ela disse que o sentimento de aceitação também ficou muito presente. "Te vem também uma coisa assim: ‘Bom, eu vou fazer tudo que estiver ao meu alcance, tudo o que for possível, se não for possível, eu vou fazer o que? Eu tenho que aceitar.' Você começa a aceitar um pouco a morte”, reflete.

Câncer de mama

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