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O Brasil vai mesmo parar na sexta-feira? O que já se sabe sobre a greve geral

Publicado 24 Abr 2017 – 05:45 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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*Matéria publicada em 24 de abril e atualizada em 26 de abril de 2017

Escolas, metrôs, ônibus e trens serão alguns dos serviços essenciais afetados pela greve geral nacional marcada para sexta-feira, 28 de abril. A paralisação foi convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), em todo o País, contra duas propostas que atingem diretamente os direitos dos brasileiros: as reformas da Previdência e trabalhista.

Vai mesmo parar?

Em termos práticos, se os trabalhadores dos transportes cruzarem os braços, muita gente que depende do transporte coletivo vai ficar sem conseguir chegar ao trabalho; a locomoção para quem tem carro também pode ficar comprometida por protestos nas ruas, que causam congestionamento e pontos de parada (geralmente, nas principais vias das cidades ou em rodovias de acesso).

É possível, ainda, que atividades como comércio e voos comerciais, além de serviços públicos, não funcionem neste dia. Cada cidade tem um panorama diferente e muitas categorias ainda não definiram o posicionamento na greve geral.

Entretanto, até o fechamento desta matéria, as seguintes adesões haviam sido confirmadas:

  • Metroviários (Porto Alegre e São Paulo, com exceção da Linha-4-amarela)
  • Aeroviários (São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre)
  • Bancários (movimento nacional) 
  • Petroleiros (movimento nacional)
  • Vigilantes e inspetores de segurança (São Paulo)
  • Portuários (Rio de Janeiro)
  • Metalúrgicos (São Paulo)
  • Funcionários do transporte coletivo municipal e intermunicipal (Região metropolitana de São Paulo)
  • Policiais civis (Pernambuco)
  • Professores de redes municipais (Bahia, São Paulo)
  • Professores da rede estadual e privada (São Paulo)

Motivos

A greve geral dos trabalhadores é um movimento causado pela insatisfação com o Governo de Michel Temer e suas medidas tanto em relação às mudanças nas regras da aposentadoria ( reforma da Previdência) quanto na flexibilização da CLT ( reforma trabalhista).

Desde 1996, o Brasil não tem a expectativa de uma greve tão grande, segundo matéria do UOL. Segundo especialistas ouvidos pelo site, o momento de insatisfação com as medidas de Michel Temer e com a política brasileira pode gerar um movimento "bem forte".

Greve geral nacional: 28 de abril

Entidades sindicais e sociais estão se organizando para a greve geral nacional. Isto significa que, desde as primeiras horas de 28 de abril, serviços e atividades de atendimento ao público podem não estar funcionando. 

O movimento é reforçado por entidades sindicais e organizações sociais que são contra a Reforma da Previdência: A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Federal de Economia divulgaram uma nota contra a Reforma da Previdência

“Nenhuma reforma que afete direitos básicos da população pode ser formulada, sem a devida discussão com o conjunto da sociedade e suas organizações. A Reforma da Previdência não pode ser aprovada apressadamente, nem pode colocar os interesses do mercado financeiro e as razões de ordem econômica acima das necessidades da população. Os valores ético-sociais e solidários são imprescindíveis na busca de solução para a Previdência”, diz um trecho da carta. 

Os protestos devem se manter em 1º de maio, Dia do Trabalhador. Por ser feriado, o impacto na vida dos brasileiros deve ser menor, entretanto. 

O que fazer?

Se você é trabalhador, a primeira coisa a fazer é se certificar sobre a adesão ou não de sua categoria ao movimento.

A orientação para os que precisam sair de casa na sexta-feira é consultar os meios de comunicação para entender a situação efetiva, principalmente em relação ao trânsito. 

Paralisação: quais são os reflexos

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