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4 vezes em que a força da mãe de goleiro da Chapecoense comoveu o Brasil

Publicado 7 Dez 2016 – 03:00 PM EST | Atualizado 2 Abr 2018 – 09:32 AM EDT
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A mãe do goleiro Danilo, que morreu aos 31 anos no acidente de avião do Chapecoense, está comovendo o mundo com suas atitudes de força, amor e fé.

Ilaíde fez uma volta olímpica na Arena Condá, onde aconteceu o velório coletivo, consolou o repórter Guido Nunes durante uma entrevista e, recentemente, emocionou a todos com uma linda homenagem postada em sua página no Facebook. Veja abaixo.

Homenagem emocionante

Recentemente, Ilaíde, a mãe do goleiro Danilo, publicou em sua página do Facebook uma montagem emocionante com o filho, como reportado pelo site de notícias esportivas do Lance. Confira a imagem e a legenda da foto:

“A todos meus filhos que abracei na arena Condá, em Cianorte, no Paraná, no Brasil e no mundo!! Quero dizer que não estou ainda em condições de responder a todas as mensagens que recebo, pois agora, graças a Deus, são muitos, não tô dando conta... olha para essa imagem mães que estão com seus filhos desesperados. Digam a eles que eu e o Danilo estamos cuidado deles. Estou implorando a Deus consolo e conforto para os corações de todos. Imploro a Deus também que o novo guerreiro que a associação chapecoense contratar [seja] igual ou melhor que o Danilo... fiquem com Deus”, disse ela na publicação.

Volta olímpica

Essa não foi a primeira vez que Ilaíde deu um lindo exemplo de força e de superação. Durante o velório coletivo que reuniu cerca de 50 vítimas da tragédia no sábado (3), na Arena Condá, em Chapecó (SC), a mãe de Danilo foi ovacionada pela multidão.

Ela fez uma volta olímpica, caminhando por todo o campo, ouvindo as cerca de 19 mil pessoas que estavam na arquibancada gritarem: “O campeão voltou”.

Abraço no jornalista

O outro momento emocionante de Ilaíde foi durante uma entrevista à uma emissora de televisão na sexta (2), que antecedia o velório. Quando questionado pelo repórter Guido Nunes, do canal da SporTV, sobre como estava se sentindo, a mãe de Danilo teve uma reação surpreendente. Confira o diálogo a seguir:

_Como vocês, da imprensa, estão se sentindo tendo perdido tantos amigos queridos lá? Podem me responder?, perguntou ela.

_Não, respondeu o jornalista.

_ Não, né? Posso te dar um abraço, em nome da imprensa? Para todos da imprensa, que perderam seus amigos, aqueles pessoas que estavam lá levando alegria, levando notícias, não só do meu filho.

Apoio ao Chapecoense

Durante outra entrevista, no mesmo dia, sexta (2), ela aproveitou e pediu desculpas ao clube Chapecoense por ter falado que não tinha recebido apoio do time catarinense depois da morte de seu filho.

Ilaíde reconheceu que, naquele momento, não era só ela que precisava de conforto e ofereceu suporte e solidariedade para os outros, que também perderam parentes, amigos e colegas de profissão.

“Mas agora, percebi que era eu quem tinha que dar apoio à Chapecoense, porque não sobrou quase nada do clube aqui. Essas pessoas que sobraram, somos nós, que precisamos abraçá-las, porque elas também estão perdidas”, disse ela durante a entrevista coletiva, como informado pela Agência Brasil de notícias (EBC).

Relembre o acidente

O avião da Chapecoense que levava o time, a equipe técnica, e diversos profissionais da imprensa, caiu na madrugada da terça, dia 29 de novembro, matando quase toda a tripulação.

A aeronave passava pela região do Cerro del Gordo, da Colômbia, depois de decolar da cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, em direção ao aeroporto de Medellín, na Colômbia.

Seis pessoas foram encontradas com vida: o lateral esquerdo Alan Ruschel, o zagueiro Hermito Zampier (o Neto), a comissária de bordo Ximena Suárez, o jornalista Rafael Henzel, e os goleiros Jackson Follman e Marcos Padilha, que morreu depois por causa dos ferimentos.

Sobreviventes do voo do Chapecoense

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