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Comissário diz que se salvou por seguir uma das recomendações de segurança em voos

Publicado 30 Nov 2016 – 12:00 PM EST | Atualizado 28 Mar 2019 – 12:21 PM EDT
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O comissário de bordo boliviano Erwin Tumiri explicou como conseguiu se salvar da queda do avião que levava o time da Chapecoense de Bolívia à Colômbia, na madrugada de terça-feira (29): “Só sobrevivi porque segui os protocolos de segurança”.

O acidente, que aconteceu na região próxima ao Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto da cidade colombiana de Medellín, deixou 71 mortos, incluindo jogadores e comissão técnica do time catarinense, além de jornalistas e tripulantes.

Posição recomendada em protocolo de segurança

“Diante da situação, muitos se levantaram dos assentos e começaram a gritar. Deixei as malas entre minhas pernas, para formar a posição fetal que se recomenda aos acidentes”, explicou Tumiri ao jornal boliviano La Razón.

Nessa posição, o passageiro coloca a cabeça entre as pernas, protegendo o crânio. Instruções de segurança recomendam se posicionar dessa forma em casos emergenciais para proteger o crânio, aumentando as chances de permanecer consciente após a queda.

Como se proteger em acidentes aéreos

Ed Galea, especialista em segurança de voo da Universidade de Greenwich (Inglaterra), explica que a posição fetal é uma das melhores formas de se proteger em um acidente de avião.

Galea também recomenda que os passageiros tenham calma na hora de retirar o cinto no momento posterior à queda. "Quando estão nervosas, as pessoas tendem a achar que os cintos de segurança dos aviões funcionam como os dos carros e tentam apertar um botão que não existe”, afirmou o professor à BBC.

Outras medidas, como apoiar as mãos no banco da frente e abaixar a cabeça, além de ficar com os sapatos firmes nos pés, também são importantes em casos assim.

Tripulantes bolivianos

Tumiri foi um dos nove tripulantes bolivianos a bordo da aeronave Avro Regional Jet 85, da companhia aérea LaMia. Além dele, a aeromoça Ximena Suárez foi uma das sobreviventes.

O governador de Antioquia, estado colombiano onde aconteceu o acidente, contou à imprensa o que ouviu de Ximena: "O pouco que ela falou foi que as luzes começaram a desligar de forma gradual e que, em 40 a 50 segundos, ela sentiu a pancada. Ela se recorda até aí".

Morreram no acidente os pilotos Miguel Quiroga, Ovar Goitia e Sisy Arias, além dos tripulantes Rommel Vacaflores, Alex Quispe, Gustavo Encinas e Angel Lugo.

Tumiri e Ximena são os únicos sobreviventes atualmente fora de perigo.

Situação dos jogadores da Chapecoense

Considerada a maior tragédia do esporte, o acidente de avião com o time Chapecoense repercutiu no mundo inteiro. Diversas equipes de futebol prestaram homenagens em partidas na Europa.

Os jogadores que conseguiram sair com vida do acidente foram Alan Ruschel, Neto e Jackson Follmann. O goleiro titular Danilo foi resgatado com vida, mas não resistiu.

Rafael Henzel, jornalista que acompanhou a comissão técnica, também sobreviveu. 

Tragédia da Chapecoense: mais informações

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