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Como a vitória de Trump fará com que você tenha menos dinheiro no final do mês

Publicado 9 Nov 2016 – 06:15 PM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Nesta quarta-feira, 9, Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos. E não demorou muito para que o mundo começasse a sentir os efeitos da vitória do republicano Donald Trump: o aumento do dólar e a queda da bolsa de valores foi praticamente imediata. Isso aconteceu porque as expectativas do mercado eram de que a vitória fosse da democrata, Hillary Clinton.

Só hoje, o dólar subiu mais de 2% e as ações da Bovespa (bolsa de valores oficial do Brasil) começaram o dia com queda de mais de 3%.

Por ora, o grande impacto que a eleição de Trump gera na economia é a enorme incerteza - e os mercados não gostam nada nada disso. "É justamente por isso que o dólar, fica mais volátil”, explica Terry Ivanauskas, professor de Economia da Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com o professor, as políticas de Trump, fiscais, monetárias, comerciais e sociais são vagas e até “insanas”. Essa dúvida no tipo de governo que será executado por ele deve manter a instabilidade na economia por um tempo ainda.

O fato é que a alta do dólar não prejudica somente seus planos de visitir os EUA nas próximas férias, mas também pode realmente mexer com o seu bolso no final do mês. Abaixo, descubra o que deve ficar mais caro por aqui. 

Dólar alto: como isso interfere no dia a dia do brasileiro?

Quando o dólar está supervalorizado, quer dizer que algo na economia está em desequilíbrio. Pode até dar certo fôlego para a economia, estimulando exportação. Mas, para o consumidor, o dólar alto não é bom nem para ficar no Brasil, nem para sair dele.

O dólar caro significa que o real está valendo menos no exterior, então, na teoria, e na prática, ficamos mais pobres, ganhando ou tendo a mesma quantia de dinheiro.

Isso acontece porque o país perde poder de compra internacionalmente, o que faz a inflação aumentar e os preços subirem.

Explicando melhor: as matérias-primas que são importadas são extremamente impactadas, como o trigo, o gás, a gasolina. Ou seja, fica mais caro para comprar esses produtos.

Consequentemente, tudo o que é produzido com eles, como a farinha, o pão, a gasolina, também fica mais caro.

Mas o que é produzido aqui também sofre aumento, porque, para o produtor, fica mais vantajoso exportar. O preço dos produtos ficam menores e aí ele tem a chance de vender mais.

Só que na hora de vender o produto aqui dentro do país, ele coloca um preço maior para tirar vantagem. E o consumidor sente esse reajuste diretamente no bolso, nos preços de supermercado.

São "afetados praticamente todos os produtos agrícolas da pauta brasileira, principalmente soja, algodão, açúcar, milho e etanol”, explica Welber Barral, especialista em comércio exterior, em entrevista para o site de economia Valor Econômico.

Eleições dos Estados Unidos

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