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Colecionador de denúncias de abuso, Trump pode excluir mulheres em suas políticas

Publicado 9 Nov 2016 – 12:54 PM EST | Atualizado 2 Abr 2018 – 09:32 AM EDT
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Os Estados Unidos elegeram o republicano Donald Trump como presidente e isso o torna o político mais poderoso do mundo. Por isso mesmo, a maior parte dos cidadãos em vários países acordou nesta quarta-feira (9) preocupada com o rumo das próprias vidas e com a nova política norte-americana. 

Não é para menos: Trump coleciona denúncias de abuso sexual, publicadas pela imprensa norte-americana (leia mais no final da matéria) e não esconde que é misógino, ou seja, despreza as mulheres.

Além disso, o republicano já declarou que pretende colocar em prática ações anti-imigrantes e a construção de um muro na fronteira dos EUA com o México.

Com Trump na presidência dos EUA, não serão apenas imigrantes que sofrerão com a forma do republicano governar. Outras mudanças prometidas em sua campanha eleitoral podem impactar negativamente na vida da população estadunidense. As minorias e os refugiados também poderão ser alvo de políticas de exclusão. 

Leia abaixo algumas das promessas de Trump para seus primeiros dias de mandato e, ainda, o que ele pensa sobre as mulheres.

O que Trump prometeu fazer nos EUA

Trump é um magnata norte-americano de 70 anos e foi eleito como presidente dos EUA. Em toda a sua carreira, ele tem feito declarações preconceituosas.

Prestes a entrar na Casa Branca, veja o que esperar da nova política norte-americana, que afeta não só a vida dos americanos como de cidadãos em todos os países:

Muro na fronteira com o México

Trump afirmou durante a campanha eleitoral que México leva “drogas, crime e estupradores” aos EUA. Ele prometeu criar um muro na fronteira entre os dois países e afirmou ainda que o governo mexicano é que pagaria pela obra. “Mas, eles ainda não sabem disso”, disse aos seus eleitores, em tom de ironia.

Refugiados serão expulsos

O presidente eleito dos EUA afirmou que os refugiados de origem muçulmana que chegam ao país são ameaças terroristas e podem ser um cavalo de Troia, mesma comparação já realizada em referência aos refugiados sírios.

Revogação do plano de saúde “Obamacare”

Ele pretende revogar, ou seja, invalidar, o Obamacare, lei que garante que todo americano deve ter um plano de saúde, em seu primeiro dia de mandato. 

Liberação de armas dentro das escolas

Trump defende que as escolas deixem de ser “zonas livres de armas”. Ele acha que os estudantes e pessoas ao redor das unidades de ensino podem portar armas. 

Endurecimento na imigração

Uma de suas maiores propostas durante a campanha, Trump quer colocar barreiras na imigração aos Estados Unidos e considera aumentar as taxas de entrada do país e de vistos temporários. Descubra se você passaria no teste de imigração de Trump

Deportar imigrantes ilegais

Ele afirmou que expulsará 11 milhões de imigrantes ilegais que vivem atualmente nos EUA, declarando “veto extremo” à imigração.

Acabar com o Estado Islâmico

Ele pretende combater o terrorismo do Estado Islâmico e até sugeriu alianças com países rivais, como a Rússia e nações do Oriente Médio. 

Apostar em geração de energia mais poluente

No passado, Trump chegou a afirmar que o aquecimento global não existe. Neste sentido, ele defende a energia originada de combustíveis fósseis, como o carvão, uma das formas mais poluentes e que provocam diversas alterações climáticas.

Trump na vida das mulheres

No início de outubro, o jornal The Washington Post divulgou um vídeo (em inglês) de bastidores em que Trump se refere às mulheres como pessoas vulgares e facilmente conquistadas por homens de Poder.

A gravação mostra que Trump fala com o apresentador Billy Bush, do programa “Access Hollywood”, e diz ter tentado conquistar uma mulher casada. Ele usa termos pejorativos, que rebaixam a mulher na sociedade e afetam não só a pessoa a que ele se referia, mas a todas as que entendem a necessidade de igualdade de gêneros.

Na conversa – que ele justificou como uma “brincadeira de vestiário” – ele afirmou que é “automaticamente atraído pela beleza [das mulheres] e simplesmente começa a beijá-las. É como magnetismo. Só beijo, eu nem espero”. “E quando você é famoso, você pode fazer o que quiser [com elas]. Agarradas pela vagina, você pode fazer o que quiser”. O diálogo aconteceu em 2005, quando Trump já era casado com a atual mulher, Melania.

Em março deste ano, o empresário afirmou em um programa de TV norte-americano que mulheres que fazem aborto devem “sofrer algum castigo”. Os homens que as engravidaram, entretanto, segundo o próximo presidente dos EUA, não precisam ser punidos. 

A aparência das mulheres que o cercam também é alvo de comentários misóginos. No início da corrida eleitoral, ele foi questionado pela jornalista da FOX News por ter chamado mulheres que ele não gosta de “porcas gordas”, “animais repulsivos”. Com ironia, Donald Trump afirmou que os xingamentos eram destinados “apenas” a humorista e ativista gay Rosie O'Donnell, arrancando risos e palmas do público.

Há pouco mais de um mês, o The New York Times publicou o relato de duas mulheres que afirmaram ter sofrido abuso sexual por parte do empresário. Uma delas afirma que ele tocou seus seios sem que ela permitisse, nos anos 80; outra mulher foi beijada à força pelo presidente em 2005.

O mundo com Trump

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