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Isso é espírito olímpico: momentos emocionantes da Rio 2016 que enchem de orgulho

Publicado 8 Ago 2016 – 07:06 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Os Jogos Olímpicos Rio 2016 mal começaram e, além de já terem rendido alguns machucados, nos deram também diversos momentos emocionantes, de fazer os olhos lacrimejarem e tudo. Foram desde atletas com histórias de superação até vitórias de tirar o fôlego, passando por uma cerimônia de abertura muito bem feita, como não era vista há muito tempo. Reunimos alguns desses momentos que nos encheram de orgulho:

Cerimônia de abertura

Time Olímpico de Refugiados

É difícil escolher um único momento que nos deixou com nó na garganta durante a cerimônia de abertura dos Jogos, afinal, foram muitos. Um deles - muito especial - foi a entrada do Time Olímpico de Refugiados. Estes 10 atletas representam as milhões de pessoas que não podem voltar para suas casas e, apesar de não levantarem as bandeiras de seus países, competem em nome daqueles que se veem na mesma situação que eles.

A presença da equipe, formada por pessoas vindas de lugares como Síria, Sudão do Sul, Etiópia e República Democrática do Congo, nos lembrou de algo importantíssimo: fronteiras são imaginárias e não podem se sobrepor ao valor de uma vida.

Todos os atletas têm histórias muito difíceis de serem contadas. Yursa Mardini, da Síria, por exemplo, esteve em uma embarcação que naufragou no Mediterrâneo com 20 pessoas. Os refugiados só conseguiram chegar à costa da Grécia porque ela e outros passageiros pularam na água e nadaram por três horas, puxando o barco por cordas. A atleta, de apenas 18 anos, já venceu uma das provas de natação da competição. 

Vanderlei Cordeiro de Lima

Outro momento muito importante aconteceu já no final da cerimônia, quando a tocha olímpica chegou ao Maracanã para percorrer seus últimos passos. Depois de passar por Gustavo Kuerten, campeão brasileiro de tênis, e Hortência, do basquete, ela foi entregue às mãos do corredor Vanderlei Cordeiro de Lima, o escolhido para acender a pira olímpica. Por nome, pode não ser muito conhecido, mas o atleta marcou o Brasil quando, em 2004, nos Jogos Olímpicos de Atenas, teve sua chance de ganhar o ouro na maratona olímpica destruída depois de ser empurrado para fora da pista por um ex-padre. Ele, que liderava a corrida no momento do ataque, ficou em terceiro lugar, e sua superação se concretizou 12 anos depois, ao ser o último a carregar a tocha olímpica. 

Diego Hypólito 

O ginasta olímpico Diego Hypólito já é bem conhecido pelos brasileiros e fez bonito mais uma vez em sua apresentação solo. Aos 30 anos e ovacionado pelo público, o atleta se emocionou e saiu da arena chorando, depois de garantir uma vaga nas finais. Foi sua terceira competição olímpica e, em Pequim 2008 e Londres 2012, o ginasta não conseguiu ir para as finais. 

Seleção brasileira de futebol feminino

A seleção brasileira de futebol feminino arrancou elogios e comemoração dos torcedores no jogo contra a Suécia com uma goleada de 5 a 1. O destaque foi a atacante Marta, que recebeu vários gritos de "melhor que Neymar" da arquibancada. Com o resultado, as meninas garantiram vaga nas quartas de final do torneio, contra a África do Sul. 

Daniele Hypólito 

A ginasta Daniele Hypólito caiu durante sua apresentação solo, ao som de Anitta. Enquanto a nota era anunciada, a atleta pediu desculpas ao público, que na hora ovacionou Daniele. Por causa dos deslizes na apresentação, a ginasta não conseguiu ir para a final da competição.

Porém, além de ter dado uma resposta desconcertante ao repórter da SporTV que a confrontou sobre a falha, dizendo que “ao invés de ressaltarem as coisas boas, só falam da queda”, Daniele ainda recebeu uma homenagem emocionante de seu irmão, Diego Hypólito, no Instagram.

“Você não tem que pedir desculpas, pois você se dedica diariamente por 27 anos consecutivos. Abriu portas para a ginástica brasileira quando conquistou a primeira medalha da história em mundiais no ano de 2001. Nós que temos que te agradecer por mostrar que todos podemos ser campeões na vida se nos dedicarmos!”

Judoca de Kosovo para o mundo

A judoca Majlinda Kelmendi arrancou lágrimas de todos que viram sua conquista do ouro olímpico do Judô na categoria até 52kg. Porém, sua história vem de muito antes. A atleta nasceu em 1991 e foi criada durante a Guerra do Kosovo, país que declarou sua independência da Sérvia em 2008, mas que não é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e, por consequência, pelo Brasil. Este ano foi o primeiro em que o país pôde competir nos Jogos Olímpicos, o que significa uma grande celebração por parte dos kosovares, que vivem muitos problemas sociais por conta da não aceitação da ONU. 

Sentindo-se brasileiro

O tenista sérvio Novak Djokovic perdeu a chance do ouro olímpico após a derrota por 2 sets a 0 para o argentino Juan Martin Del Potro, em sua estreia na Olimpíada do Rio de Janeiro. O número 1 do mundo na modalidade foi muito consolado pelo carinho do público, da entrada à saída da quadra, o que o emocionou. Ele disse que sentia como se estivesse em seu próprio país, como se fosse brasileiro. 

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