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Problema no coração dá sinais 3 horas após o parto e bebê de apresentador é operado

Publicado 3 Mai 2017 – 12:09 PM EDT | Atualizado 16 Mar 2018 – 10:14 AM EDT
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O apresentador e comediante norte-americano Jimmy Kimmel passou por um grande susto após o nascimento de seu segundo filho. Três horas após o parto, o pequeno começou a apresentar sintomas de falta de oxigenação sanguínea e, após análise clínica e exames, foi diagnosticado com Tetralogia de Fallot, uma má formação cardíaca congênita.

Jimmy tornou o acontecimento público em seu programa. Emocionado, ele contou que William John Kimmel nasceu no dia 21 de abril e foi em uma checagem de rotina que uma das enfermeiras notou que sua pele estava roxinha, característica que não é comum e pode indicar graves problemas.

O pequeno foi rapidamente encaminhado para uma Unidade de Tratamento Intensivo onde recebeu oxigênio. Depois, passou por exames e por pediatras especialistas em má formações cardíacas. O diagnóstico mostrou que William tem Tetralogia de Fallot.

Tetralogia de Fallot: o que é?

Grave doença crônica, a condição é causada por quatro más formações: um buraquinho que faz com que os sangues com e sem oxigênio se misturem; um estreitamente da válvula que leva o sangue para o pulmão; uma hipertrofia (músculo mais grosso) no ventrículo direito; e um deslocamento para a direita da aorta, fator que dificulta a circulação sanguínea e, consequentemente, as trocas gasosas

Como explica Dr. Hélio Castello, cardiologista e diretor da clínica Angiocardio, de São Paulo, o bebê que nasce com a patologia recebe menos oxigênio do que deveria. “O sangue arterial normalmente tem de 96% a 100% de oxigênio. Com a Tetralogia, a concentração baixa para 80% ou menos”, mostra.

Além da alteração na coloração da pele, cansaço para mamar e mãozinhas e pezinhos roxos estão entre os primeiros sinais que o bebê apresenta.

A depender do grau das alterações cardíacas, cirurgias são indicadas. “O momento varia de acordo com cada caso. Podemos fazer no primeiro mês ou nos meses seguintes, com a criança maior”, comenta o cardiologista, que ainda explica que o caminho é único, mas, o procedimento pode se dar de várias maneiras a depender da gravidade do caso. “Pode ser uma cirurgia definitiva ou paliativa, para diminuir as alterações e, talvez, ser refeita na vida adulta”, complementa. Depois do tratamento finalizado, o paciente segue tendo uma vida normal.

O pequeno William já passou pela primeira cirurgia paliativa e já está em casa. De acordo com o pai famoso, ele já dorme e mama tranquilamente. Agora, o pequeno deve ser submetido a mais um procedimento entre o 3º e o 6º mês. A cirurgia definitiva deve ser feita apenas na adolescência ou começo da vida adulta.

Doenças graves em bebês

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