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Bebês prematuros são salvos por polvos de crochê: entenda a eficiência dessa fofura

Publicado 27 Fev 2017 – 07:00 AM EST | Atualizado 14 Mar 2018 – 09:19 AM EDT
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Um projeto social dinamarquês ajuda bebês prematuros a se recuperarem mais rápido. A técnica utilizada é a mais fofa do mundo. Eles confeccionam polvos de crochê para deixar pertinho dos pequenos.

O Projecto Octo surgiu em 2013 e, desde então, voluntários tecem os bichinhos coloridos para doar em unidades neonatais de tratamento intensivo. Atualmente, 16 hospitais são atendidos por eles e mais de 22 mil unidades já foram doadas.

Os primeiros meses, quando médicos ainda analisavam os efeitos e benefícios da presença do polvo no mesmo espaço em que o prematuro, o que foi observado é que eles se sentiam mais seguros e confortáveis e, por isso, ficavam mais tranquilos. Como consequência física, apresentavam melhoras no sistema respiratório e cardíaco, com aumento do nível de oxigenação do sangue, essencial para a recuperação.

A explicação está nos tentáculos. Compridos e finos, em contato com o bebê, eles remetem ao cordão umbilical. Em um momento em que o bebê acabou de sair da barriga da mãe, onde se sentia absolutamente seguro, tudo o que remeta a esse espaço apresenta efeitos positivos.

Os benefícios são semelhantes aqueles causados pela exposição do bebê a sons que se assemelham ao coração ou a sensação de “apertadinho” permitida pelos charutinhos de cueiro. Todas as técnicas fazem com que o bebê reviva sensações semelhantes às experimentadas no útero materno, espaço e momento em que ele viveu plenamente seguro.

Além dos benefícios, o polvinho ainda evita que os bebês retirem os tubos e monitores. Isto porque, ao invés de puxar os equipamentos, eles estão com as mãozinhas ocupadas segurando os tentáculos do novo amigo.

Embora a ação se concentre no país de origem do projeto e na Groenlândia, a ideia virou notícia na Europa e muitos hospitais já demonstraram interesse em receber os polvinhos. Voluntários de outros países se interessaram e pediram orientação para começar o projeto em suas regiões - Suécia, Noruega, Islândia, Alemanha, Bélgica, França, Itália, Turquia, Croácia e Israel estão entre eles.

No site do Projeto, os voluntários disponibilizam o modelo caso outras pessoas se interessem em confeccioná-los. “Você não precisa da nossa permissão para iniciar um Projeto Octo, mas nós acreditamos que há força em números. Por isso, procuramos coordenar as ações no estrangeiro mantendo uma base de dados com todas as informações dos países de que ouvimos falar. Trata-se de uma ferramenta muito útil, pois gostaríamos de ajudar outros países, tanto quanto possível, para que ainda mais pessoas carentes e suas famílias em todo o mundo possam se beneficiar do projeto” explicam.

Mas, é preciso muito cuidado na sua confecção. Além de ser feito com material não tóxico e higienizado, o fio usado precisa ser 100% algodão – para permitir lavagem - e os tentáculos não podem ter mais do que 22 centímetros, para evitar sufocamento.

Bebês prematuros

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