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Cesáreas podem ter afetado a evolução humana: entenda resultados de estudo

Publicado 14 Dez 2016 – 06:00 AM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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A disseminação desenfreada dos partos cesáreas contribuiu diretamente para a seleção de bebês grandes, de mulheres com canal pélvico estreito ou de ambos. Ou seja, o uso regular de cesáreas está tendo um impacto na evolução humana, dizem os cientistas.

Cirurgia causa seleção não natural

Segundo dados estatísticos, mais mães agora precisam de intervenção cirúrgica para dar à luz devido ao seu tamanho estreito de pelve, de acordo com estudo. Os pesquisadores estimam que os casos em que o bebê não é capaz de passar pelo canal de nascimento aumentaram de 3% na década de 1960 para 3,6% nascimentos hoje.

Biologicamente, esses genes não teriam sido passados ​​de mãe para filho, pois ambos teriam morrido durante o parto. E pesquisadores na Áustria dizem que a tendência deve continuar, mas não à medida em que os partos não-cirúrgicos se tornam obsoletos.

Para Philipp Mitteroecker, da Universidade de Viena, há uma questão importante para compreensão da evolução humana. "Por que a taxa de problemas no nascimento, em particular o que chamamos de desproporção fetopélvica - basicamente, que o bebê não se encaixa no canal de parto materno - por que essa taxa é tão alta?”.

Segundo o pesquisador, sem a intervenção médica moderna tais problemas que eram frequentemente letais teriam uma perspectiva evolucionária, de seleção natural. “As mulheres com uma pelve muito estreita não teriam sobrevivido ao nascimento há 100 anos, mas agora fazem e passam seus genes codificando uma estreita pelve para suas filhas”, completa.

A prova é uma contradição evolutiva

Como não fazem partos naturais, a pelve humana não tem crescido mais ao longo dos anos. A cabeça de um bebê humano é grande em comparação com outros primatas, o que significa que animais como chimpanzés podem dar à luz com relativa facilidade.

Há forças de oposição evolutiva já que é uma tendência que os recém-nascidos nasçam com cabeças cada vez maiores e mais saudáveis. No entanto, se eles crescem muito, ficam presos durante o trabalho de parto, o que historicamente teria provado ser desastroso para a mãe e o bebê, então, seus genes não seriam passados.

"Um lado dessa força seletiva - ou seja, a tendência para que os bebês permanecessem menores - desapareceu devido às cesáreas", afirma Mitteroecker. Os pesquisadores estimaram que a taxa global de casos em que o bebê não consegue se encaixar através do canal pélvico aumentou de 10 a 20% da taxa original, devido ao efeito evolutivo.

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