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Filho recém-nascido de atriz fica na UTI por problema nem tão frequente em bebês

Publicado 22 Ago 2016 – 03:41 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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A atriz Bárbara Borges publicou um depoimento emocionante sobre um problema por qual seu segundo filho, Theo Bem, passou apenas dois dias depois do nascimento. O bebê apresentou um quadro de baixa ingesta, ou desidratação por baixa ingestão de leite, e chegou a ficar internado por 3 dias na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). 

O problema está basicamente associado a dificuldades na amamentação e, entre outras consequências, faz com que o recém-nascido apresente febre alta, perda de peso maior do que a esperada e baixa diurese. Apesar disso, não são todos os casos que precisam de internação.

Entenda mais sobre as causas, cuidados e quais são as chances de o bebê ter esse quadro.

Baixa ingesta em recém-nascido

Quando o bebê nasce, uma das principais preocupações da mãe é que ela possa ter o equilíbrio entre a quantidade de leite que produz e a que o bebê precisa nestes primeiros dias de vida. Fato é que o recém-nascido não necessita ingerir muito leite, já que o estômago é bem pequeno e o colostro é produzido em pequena quantidade. Geralmente, o recém-nascido mama de 8 a 12 vezes por dia.  

A própria atriz Bárbara Borges passou por essa primeira fase da amamentação com colostro, como compartilhou com seus seguidores no Instagram. 

Dois dias após o nascimento de Theo Bem, entretanto, ele precisou ser internado na UTI, apresentando febre alta. A atriz relatou sua experiência ao receber o diagnóstico do bebê:

“No dia 17, já com as altas assinadas pelos médicos, de malas fechadas, prontos pra irmos pra casa, fui surpreendida com uma febre alta do Theo e na sequência sua entrada e internação na UTI. 
Num piscar de olhos, vi a vida mudar o meu rumo novamente sem pedir licença... Me faltou ar, me vi em desespero e no desespero senti a força de mais uma provação que precisava passar e superar. Senti o peso dessa força arrebatadora. A dor emocional foi muito maior do que as temidas dores físicas das contrações do trabalho de parto. Não é fácil. 

Por mais fé que se tenha, a verdade é que não é fácil. Mas só foi possível graças ao amor que me vi cercada com o apoio e presença da minha família e de amigos próximos. Esse amor me sustentou e me trouxe de volta ao eixo. Senti a presença de Deus em tudo e em todos e estou aqui firme e forte. 

A situação do Theo já não é considerada de risco. O diagnóstico parece ser baixa ingesta (desidratação por baixa ingestão de leite). É um bebê grandão faminto! Mas ele segue na UTI pra descartarem todas as possibilidades graves. 

Quando eu falo que meus filhos estão sendo os responsáveis pela maior transformação da minha vida... É isso! Meus maiores tesouros de aprendizado, meu BEM! Se Deus quiser, amanhã receberá alta e vou levar meu bebezão pra casa”.

Causas

De acordo com a neonatologista da Pro Matre Paulista Mônica Carceles Fraguas, a baixa ingesta não é tão frequente em recém-nascidos e se dá quando o bebê suga pouco, o que estimula menos a produção e o volume de colostro para, enfim, o leite descer (o que acontece de dois a quatro dias após o nascimento).

Não é possível saber se Theo teve problemas na pega ou na sucção do leite ou se Bárbara teve alguma condição que comprometeu a amamentação do bebê, como bico invertido, colocação de prótese de silicone, entre outros fatores que atingem muitas mulheres, como as 6 mães famosas que falaram sobre traumas da amamentação.

Quando o recém-nascido não consegue ser amamentado e passa a apresentar um quadro de desidratação por baixa ingestão de leite, é necessário que a equipe médica observe o estado clínico dele com maior cuidado. “É necessário observar o peso, a diurese e o estado geral do bebê”, explica a neonatologista.

Sintomas

Um dos sintomas citados por Bárbara Borges foi a febre alta, que está relacionada à desidratação.  É importante avaliar ainda se, nos primeiros dias de vida, o bebê tem perda de peso maior que a esperada, baixa diurese, ou seja, faz pouco xixi, e, mais raramente, se tem queda da glicemia. O bebê pode apresentar ainda um quadro de icterícia (quando a pele fica amarelada).

Quais os riscos?

Segundo Mônica, bebês com menos de 38 semanas podem apresentar mais dificuldades para mamar e, por isso, estão mais sujeitos a problemas de baixa ingesta de leite. Este é um dos fatores a ser considerado, já que o bebê da atriz nasceu de 41 semanas, com 53cm, 4,450 kg.

Tratamento

O tratamento depende da intensidade da baixa ingesta. Se for apenas uma perda de peso maior do que a esperada para as horas de vida do bebê, a correção da pega e o aumento de frequência das mamadas podem ajudar, avalia Mônica. 

“Em outros casos, pode ser necessário introduzir complementação com leite artificial, como fórmulas e leite em pó. Antes da complementação, entretanto, deve-se estimular a mamada no seio materno e corrigir eventuais erros de posicionamento e pega”.

É necessária internação na UTI?

A neonatologista afirma que não é comum precisar ir para a UTI, mas isso não significa que o caso seja grave. O recém-nascido só precisa ficar em observação. “Ele pode precisar de alguma ajuda para corrigir glicemia ou hidratação”.

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