Vídeo lindo dos primeiros passos de menino de 8 anos traz lição a qualquer mãe ou pai
O menino Kaio, de 8 anos, tem paralisia cerebral e é o protagonista de um vídeo que se tornou famoso na internet. Nas imagens gravadas pela mãe, Juliane Horschutz, ele aparece dando seus primeiros passos sem ajuda de ninguém.
Os passos curtinhos do menino, dados com muito amor e esforço, contrariaram as expectativas médicas de que ele nunca iria andar e trazem uma importante lição: cada criança, independente de suas limitações, é única e especial - e é imprevisível onde ela chegará.
História de Kaio prova que cada criança é única
Quando Kaio e o gêmeo Vitor nasceram, após uma fertilização in vitro, os médicos não identificaram sinais de que ele tivesse paralisia cerebral. “Eu via que ele era menorzinho, mas os médicos diziam que era normal”, conta a mãe, Juliane.
O diagnóstico só veio quando Kaio tinha 8 meses e foi levado a um neuropediatra, que identificou a dificuldade motora dele. Segundo Juliane, a paralisia cerebral teria ocorrido ainda na gestação e a dificuldade do menino se limita à movimentação.
Para estimular o desenvolvimento, ele passou a fazer fisioterapia e hidroterapia - tratamentos que continua fazendo até hoje.
“Com 2 anos, ele sentou, aos 3 anos e meio ficou em pé; então, demorou mais de um ano para ele ficar em pé novamente. Toda vida eu andei com o Kaio para cima e para baixo, dividindo com meu marido, mesmo agora que estamos separados. Mas, vemos que a evolução é muito demorada”, contou Juliane, que é professora e ainda mãe de Manu, de 6 anos, em entrevista ao VIX.
Impossibilidade de andar
Juliane conta que a família, que é de Foz do Iguaçu, no Paraná, chegou a ouvir que Kaio jamais poderia andar. “Um médico me disse isso e eu fiquei destruída. Mas, nós nunca desistimos. Os fisioterapeutas também acreditavam que ele podia andar, porque não há lesão no cérebro. Ele só tem um problema na transmissão de informação de um neurônio para o outro, que faria com que ele andasse”.
Evolução surpreendente
Kaio passou por várias etapas de sua evolução motora: enquanto usava cadeira de rodas só na escola, em casa, se apoiava nos móveis ou se arrastava para se locomover. Agora, ele usa um andador para auxiliar na movimentação das pernas.
“Fazia um tempo que ele andava trocando uns passos, mas com a ajuda de alguém, caso ele caísse”, relatou Juliane. “O dia do vídeo foi uma alegria porque ele estava andando totalmente sozinho; eu estava sentada no sofá. Foi [o momento de] independência dele”, comemora. “A gente vê cada passo e a esperança vai se renovando”.