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Karol Conka relembra lição dada pelo pai ao perguntar por que só ele a achava bonita

Publicado 24 Mai 2017 – 02:31 PM EDT | Atualizado 16 Mar 2018 – 08:35 AM EDT
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Karol Conka hoje faz muito sucesso com seus raps que falam sobre empoderamento feminino e é uma grande inspiração para as mulheres. Porém, assim como muitas negras, sofreu ataques racistas e acredita só ter “se libertado” aos 20 anos.

Karol Conka fala de discriminação racial 

Em entrevista ao canal Gioh no Youtube, de Giovanna Ewbank, Karol conta que um dos episódios de discriminação aconteceu na escola quando ela tinha apenas 6 anos. Uma professora falou que a "água não entrava no cabelo" dela, que é crespo. A rapper lembra que se sentiu feia e disse para a mãe que queria ter outro cabelo. “Eu fiquei a adolescência toda com isso na cabeça”, lamenta.

Quando já estava um pouco maior, a cantora não conseguia um par para dançar na festa junina porque ninguém queria segurar sua mão. Ela conta que decidiu conversar com o pai: disse que se achava horrorosa, que tinha o desejo de ter a pele branca e o questionou: “Por que só você fala que eu sou bonita?”

Construção da autoestima em crianças

O pai de Karol Conka deu uma resposta inspiradora para a filha ainda criança, e a cantora guarda o conselho até hoje. “Ele falou assim: ‘Carol, você é linda, só que tem pessoas que têm a visão embaçada, elas não vão enxergar esta tua beleza, elas têm problema na vista. A gente não pode ficar nervoso porque uma pessoa não te acha bonita, porque é a visão dela, é o jeito como ela enxerga a sua beleza”, ensinou.

Mudança de pensamento

A partir daí, Karol diz que passou a entender que é ela quem tem que estar bem com a própria beleza. “Não adianta alguém falar que eu estou linda e eu não me sentir linda”, afirma sobre a importância da autoestima para que as pessoas se sintam felizes.

E foi só por volta dos 20 anos que ela começou a perceber que não podia ser infeliz por achar que não era bonita e passou a observar suas próprias qualidades.

“Eu tinha coisa assim de não me achar bonita fora de casa. Dentro de casa eu era linda, maravilhosa, mas fora, parecia que eu saia de uma bolha e estava entrando em um outro mundo. Fui quebrando isto com 20 anos, eu meio que me libertei”, relembra.

Empoderamento negro 

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