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Como é jogar em realidade virtual? Testamos os óculos e contamos tudo

Publicado 13 Set 2016 – 05:15 PM EDT | Atualizado 27 Mar 2019 – 08:34 AM EDT
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A realidade virtual foi a grande marca da feira Brasil Game Show 2016, maior evento de games da América Latina, realizado em São Paulo no início deste mês. Diversas marcas – tendo Warner e Nvidia entre as gigantes – expuseram a nova tecnologia e colocaram games em VR ( virtual reality) para teste do público. Nós, do vix.com, também experimentamos! A impressão final é de que essa tecnologia tem todos os recursos para cair no gosto de qualquer pessoa. No estande da Nvidia, foi possível testar a realidade virtual com o jogo The Unspoken. Com um conceito simples de lançar feitiços e se defender de magias lançadas por inimigos, bem como pular entre plataformas, o game resume bem como é a experiência virtual.

Enjoo

Um dos pontos fracos da tecnologia no último ano era a sensação frequente de enjoo e dor de cabeça provocadas pelos óculos. O desconforto em alguns games era tão grande que se fazia necessário interrompê-lo - em outros, por exemplo, o jogador precisava sentar-se em um cadeira para não correr o risco de cair no chão. Essa é justamente uma das principais preocupações das desenvolvedoras dessa tecnologia. “Temos que enganar o cérebro para não quebrar a imersão – se isso não for bem feito, ele reage com enjoo e dor de cabeça, nossa prioridade é tornar a realidade virtual confortável”, explicou o gerente de Marketing Técnico da Nvidia, Alexandre Ziebert.

Como funciona a realidade virtual

A sensação de estar, de fato, dentro do jogo acontece, sobretudo, graças a uma percepção em 360 graus do cenário: não importa para onde você olhe, toda a sua visão vai mostrar uma parte do cenário – em uma escala que te inclui como elemento participante. Até mesmo ao olhar para si (para as mãos ou pés, por exemplo), você verá seu corpo – no caso de Unspoken, uma espécie de armadura. Para isso, o jogo utiliza os óculos Oculus Rift.

No entanto, além da imersão visual, é importante ressaltar a importância da física, tanto no som, quanto na sensação de toque e velocidade de reações. Como a tecnologia ainda está basicamente em sua primeira geração, é compreensível que alguns desses pontos ainda não estejam 100% satisfatórios. Destaca-se a precisão do toque: ainda existe certa lentidão entre o movimento das mãos para agarrar um objeto virtual e a resposta do jogo, que demora um pouco para aparecer, o que gera uma ansiedade de repetir o mesmo movimento várias vezes pela impressão de que não está tendo efeito.

Batman: Arkham VR

Outro destaque no uso da tecnologia de realidade virtual foi a demonstração do jogo Batman: Arkham VR, que ainda está em desenvolvimento para o Playstation VR. O jogo apresentado na BGS nos coloca no lugar do herói em uma aventura em que é possível passear pela mansão de Bruce Wayne e pela Batcaverna, conversar com o mordomo Alfred e ainda interagir com objetos do local – dá até para tocar piano.

De tão realista, a experiência é capaz de tirar o jogador completamente do mundo físico por alguns momentos, tamanha complexidade do cenário e possibilidade de exploração dos elementos possível. Um dos pontos altos é a entrada em um elevador que leva ao covil do herói. É necessário convencer seu cérebro de que você, na realidade, está parado, apenas observando uma imagem, quando, na verdade, a sensação de frio na barriga provocada pela impressão de queda do elevador é bastante real.

Os óculos de realidade virtual têm um potencial enorme de encantar e atrair qualquer tipo de público – desde o mais especializado, que busca uma imersão cada vez maior no videogame, quando os jogadores casuais, que podem conhecer uma experiência diferente ou realizar aquele desejo de infância de ser, de fato, um herói e enxergar o mundo pelos olhos dele.

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