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Atriz de “PLL” explica como novo filme, feito por ela, reflete drama de sua vida real

Publicado 18 Jul 2017 – 03:05 PM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 03:53 PM EDT
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Troian Bellisario fez muito sucesso na pele de Spencer, na série " Pretty Little Liars", que chegou ao fim no mês passado. A personagem era determinada, disciplinada e muito perfeccionista, assim como a atriz. No entanto, em Troian, essas características significavam um problema maior: durante anos, ela enfrentou distúrbios alimentares e mentais, assunto de seu novo filme, "Feed".

Após dez anos de tratamento, ela falou sobre suas experiências pessoais no site da também atriz Lena Dunham, o Lenny Letter, onde revelou que um de seus dias mais marcantes sofrendo da doença foi na gravação do 1ª episódio de "PLL".

Troian Bellisario fala sobre distúrbio alimentar

"Como alguém que sofre de um distúrbio mental, meu maior desafio é saber qual voz que está falando dentro de mim. A voz do meu corpo, que diz 'eu estou com frio, Troian, saia do lago', ou minha doença: 'você falou para todo mundo três vezes, e não pode decepcioná-los. Você não é suficiente'", explica a atriz, sobre seu principal dilema.

Troian conta que o distúrbio alimentar foi proveniente da pressão, em que ela mesma se colocava, para ser sempre melhor. "Há uma parte do meu cérebro que desafia a lógica. Uma vez, eu me convenci que deveria viver de 300 calorias por dia, e em algum ponto, achei que isso era demais. Essa parte de mim é minha doença, e teve um período em que isso tinha total autoridade sobre mim".

Em "Pretty Little Liars", o 1º episódio mostrava as protagonistas em um dia de verão, mas a gravação ocorreu em pleno inverno do Canadá, com temperaturas negativas. A falta de peso fazia com que Troian sentisse ainda mais frio, mas seu distúrbio a forçava a ignorar os sinais do organismo.

"Teve um momento em que eu mencionei nos bastidores que não estava sentindo meus pés", revela a atriz, depois de horas de trabalho em um frio congelante. Uma pessoa da produção a levou para dentro de uma igreja, que fazia parte do cenário, e esquentou os dedos de Troian, que estava em pânico por ter paralisado a gravação. 

"Eu me preparei para ouvir gritos, de alguém em posição de autoridade. 'Como ousa interromper essa imensa produção, como ousa ser tão fraca?'. Mas não teve nenhuma punição, nem menos um olhar de desaprovação. Todos me perguntaram se eu estava bem, e preparada para voltar para a cena. Por que eu precisei da permissão de um estranho para cuidar de mim?"

Tratamento e produção de "Feed"

A atriz reconhece que sobreviveu com a ajuda dos amigos, da família e de profissionais. Agora, ela quer transformar sua luta em criação de materiais sobre o assunto, que possam ajudar pessoas que passam pelo mesmo problema.

"A voz da doença está comigo todos os dias. Eu estou praticamente tentando ignorá-la, na maioria das vezes, mas continua aqui, encontrando novas maneiras de me dominar. É por isso que escrevi 'Feed'. Eu queria canalizar essa voz em uma história, e fora de mim. Quis criar uma personagem que também imaginasse que conseguiria ser suficiente".

O longa estreou em 18 de julho, apenas em plataformas digitais, e gira em torno de Olivia e Matthew Gray (Tom Felton), gêmeos de 18 anos que nasceram em um mundo cheio de privilégios e carregando altas expectativas para seus futuros. Contudo, enquanto se preparam para o último ano na escola, o irmão morre em um acidente, e Olivia passa a enfrentar distúrbios e problemas psicológicos.

Atriz de “PLL” explica como novo filme, feito por ela, reflete drama de sua vida realNo Instagram, Troian comemorou o lançamento do filme, e agradeceu a oportunidade de transformar sua própria vida em um roteiro de cinema. Leia o depoimento completo da atriz:

"O dia chegou, @feedthemovie está disponível para assistir nos Estados Unidos. Eu sou muito grata ao elenco e equipe, incrivelmente talentosos, que trabalharam duro para fazer com que esse sonho se tornasse realidade. Obrigada pelo trabalho, suporte e lindas memórias que sempre lembrarei. Eu sei que esse é um filme complicado (poderia ser um gatilho emocional para algumas pessoas, então eu espero que vocês tomem um tempo para refletir se estão prontos para assistir). Mas espero que levante uma discussão que eu considero importante hoje em dia. Espero que inspire conexão e empatia, e espero que vocês gostem. Eu amei fazer o filme, e estou muito grata por poder compartilhá-lo com vocês agora".

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