null: nullpx
disney-Zappeando

7 detalhes de "A Bela e a Fera" têm sentido oculto: do vestido azul à síndrome rara

Publicado 9 Mar 2017 – 02:00 AM EST | Atualizado 2 Abr 2018 – 09:32 AM EDT
Compartilhar

Seja na animação de 1991 ou no live-action de 2017, o filme A Bela e a Fera sempre encantou crianças e adultos por sua história romântica e ao mesmo tempo cheia de ação e coragem. Mas, poucos sabem que algumas escolhas dos longas não foram feitas aleatoriamente e sim com um objetivo escondido. Veja os  segredos de A Bela e a Fera:

Curiosidades sobre A Bela e a Fera: 7 detalhes com significado especial

Azul é a cor do amor

Ao lembrar da personagem feminina que dá nome ao filme, a imagem que vem à mente de muitos de nós é a mocinha vestida de azul dos pés à cabeça.

A escolha da cor não é mera coincidência. Bela é a única de seu vilarejo que veste azul, enquanto todos os outros usam tons de terra, amarelo e verde.

O único personagem que também usa azul com propriedade é a Fera, na clássica cena do baile. Além disso, vale lembrar que seus olhos igualmente azuis são uma espécie de “janela da alma” através da qual Bela enxerga o amado apesar de seu aspecto um tanto quanto horripilante.  

Há quem diga que o fato de apenas a Bela e a Fera usarem azul é uma tentativa de mostrar que eles “foram feitos um para o outro” e que a protagonista finalmente está no lugar ao qual ela pertence e que não é mais “muito estranha”, como cantam os vizinhos de Bela no início do filme da Disney.

Lição de aceitação

O diretor Bill Condon revelou que o live-action também terá um personagem homossexual. Retratado pelo ator Josh Gad, o capanga Le Fou demonstrará sentimentos pelo vilão Gaston, o que será o primeiro relacionamento gay exposto em um filme da Disney. 

Representação de uma síndrome 

Uma teoria sugere que a relação entre a Bela e a Fera seja uma representação para a síndrome de Estocolmo, distúrbio psicológico em que pessoas que foram sequestradas passam a sentir afeto por seus sequestradores. 

Por ter uma visão distorcida da realidade - resultante do medo, intimidação constante, ansiedade e estresse presentes no sequestro -, a vítima cria um mecanismo de defesa inconsciente que a faz aceitar todas as decisões do raptor e engradecer suas atitudes gentis a fim de preservar sua própria segurança e evitar retaliações.

Os primeiros casos identificados foram os que deram origem ao nome do transtorno: em 1973, assaltantes mantiveram quatro reféns por seis dias em um banco de Estocolmo, na Suécia. Durante a libertação, muitas vítimas não aceitaram ajuda da polícia e passaram a defender seus sequestradores.

Foi por pouco, mas a questão quase tirou Emma Watson de A Bela e a Fera. A atriz ficou em dúvida sobre a presença da síndrome na protagonista, até que chegou à conclusão de que Bela não acata tudo que vem da Fera, que é um dos "sintomas" do transtorno, e o amor deles não nasce de um relacionamento abusivo, mas sim de um sentimento de amizade que se desenvolve. 

Um novo tipo de heroína

Roteirista responsável pelo filme de 1991, Linda Woolerton foi a primeira mulher a escrever uma animação para a Disney. O fato por si só já é um marco, mas não para por aí, já que a escritora teve o intuito de apresentar a primeira princesa feminista da Disney, uma protagonista forte, independente e avançada para sua época.

O assunto também é representado pelo machismo do vilão Gaston, que acredita que lugar de mulher é em casa cuidando dos filhos, o que é claramente detestável para Bela.

O diretor do reboot, Bill Condon, também se referiu a Bela como heroína do século XX

Metáfora para Aids

Howard Ashman, compositor por trás das canções da animação, teve papel importante no desenvolvimento do roteiro do filme: ele insistiu que a história destacasse a Fera, um príncipe que foi amaldiçoado por uma feiticeira. 

A razão foi revelada pelo diretor do novo filme, Bill Condon. De acordo com ele, Ashman tinha o vírus HIV e se viu representado pela Fera, visto que o personagem sofria um infortúnio que era visto com preconceito e afetava a ele e a todos ao seu redor.

Como o assunto ainda era um tabu na época, foi abordado de forma discreta e quase que escondida pela Disney. De certo modo, o propósito também foi uma homenagem ao compositor, que faleceu de Aids em 1991, poucos dias após a primeira exibição do longa.

Bela agora é inventora 

Defensora ávida das causas feministas, a protagonista Emma Watson foi umas das responsáveis pela nova roupagem da personagem Bela. Na animação de 1991, a jovem amava ler, não se encaixava na sociedade e seu pai era inventor.

Já no remake live-action, a personagem ganhou destaque ao inventar uma máquina de lavar roupas que permitia que ela tivesse mais tempo livre para a leitura, quebrando dois tabus de uma vez só: as mulheres são perfeitamente capazes de serem inventoras e não precisam, se não quiserem, perder tempo com tarefas domésticas. 

E não usa mais espartilho

Outro detalhe de A Bela e a Fera foi a exigência de Emma Watson de que o vestido amarelo de sua personagem não contasse com um espartilho, uma espécie de cinta usada antigamente para afinar a cintura das mulheres. 

De acordo com a atriz, a personagem deveria ser muito ativa e o corset dificultava alguns movimentos. Não sabemos se essa foi a intenção da artista, mas a decisão coloca em primeiro lugar a personalidade de Bela e não o lado estético.

Mais curiosidades sobre a Bela e a Fera

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse