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Associação de Nutrologia publica nota condenando uso de óleo de coco na dieta

Publicado 29 Mar 2017 – 05:56 PM EDT | Atualizado 14 Mar 2018 – 09:19 AM EDT
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A indicação de óleo de coco para emagrecer e tratar (ou prevenir) problemas de saúde é controversa. Estudos preliminares apontam para direções opostas, causando uma divergência grande entre médicos e nutricionistas.

Por conta disso, e diante da popularidade que o alimentou ganhou nos últimos anos, a Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) decidiu se pronunciar sobre o tema, contraindicando o uso do óleo de coco em diversas situações. Entenda a seguir o posicionamento do órgão.

O que é óleo de coco?

Extraído a partir da fruta fresca madura, o óleo é rico em ácidos graxos saturados e insaturados.

Seu consumo é feito tanto cru – puro ou misturado em bebidas – quanto cozido, em substituição a outros óleos que seriam mais nocivos à saúde, como o de soja ou milho.

O produto caiu nas graças de quem procura seguir uma alimentação saudável e é consumido para inúmeras finalidades. Há quem tome  óleo de coco para ter mais disposição no treino, quem aposte para acelerar o metabolismo e até aqueles que buscam melhorar o nível do colesterol.

Outros benefícios atribuídos ao alimento são melhora na função cognitiva, prevenindo o Alzheimer, e funções como imunomodulação e tratamento antimicrobiano.

Contraindicação

Entretanto, em nota oficial, a ABRAN desaconselha a prescrição do alimento em diversos casos, dentre eles o tratamento para perda de peso.

A entidade afirma ser baixo o número de pesquisas controladas sobre o uso do óleo de coco para humanos e declara ser contra seu uso em dietas para prevenir ou tratar:

  • Problemas cardiovasculares e colesterol alto. Segundo a ABRAN, quando comparado a óleos vegetais menos ricos em ácido graxo saturado, o óleo de coco aumenta o colesterol total, especialmente o LDL, elevando o risco cardiovascular;
  • Quadros neuro-degenerativos, como o Alzheimer: o órgão afirma não haver estudos sobre o efeito do óleo na função cerebral;
  • Sobrepeso e obesidade: o comunicado informa que os estudos relacionados aos efeitos do óleo de coco sobre o peso corporal apresentam resultados controversos e, portanto, não há evidência suficiente para afirmar que ele contribua para o emagrecimento;
  • Infecções: “Tem sido reportado que o óleo de coco possui atividade antibacteriana, antifúngica, antiviral e imunomoduladora. Porém, tais estudos são predominantemente experimentais (...). Assim, faltam ainda evidências suficientes para recomendar o óleo de coco como agente antimicrobiano ou imunomodulador”, defende a nota.

Outra opinião

Em entrevista ao  Vix, o médico especializado em saúde pública Mario Bontempo defendeu que o  óleo de coco deve entrar na dieta de quem quer emagrecer, porém com alguns cuidados.Segundo ele, o alimento proporciona energia ao corpo e acelera o metabolismo, além de aumentar a fração HDL do colesterol – o “colesterol bom” – e levar à normalização das gorduras corporais.

A indicação do especialista é que o óleo de coco seja usado na preparação de comidas, em substituição a outros óleos. Se consumido cru, afirma ele, os efeitos são justamente os opostos: aumento de peso, nível de triglicérides e colesterol ruim e ainda sobrecarga do fígado.

Usos do óleo de coco além da alimentação

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