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Jovem tem perda de peso chocante "sem terrorismo alimentar", remédios ou cirurgia

Publicado 2 Mar 2017 – 05:00 AM EST | Atualizado 2 Abr 2018 – 09:32 AM EDT
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Bruna Christino é uma professora da Praia Grande (litoral paulista) de 26 anos que desde os 22 vinha tentando perder peso com dietas da moda. Ela até chegou a emagrecer, mas, como acontece na maioria dos casos, foi vítima do efeito sanfona: não só recuperou o peso perdido como engordou ainda mais depois de seguir a dieta.

“Comecei a fazer sem acompanhamento e achava que era passageiro, que eu ia emagrecer e depois eu iria poder voltar a comer normalmente. Este é um erro que muita gente comete,porque o correto é a reeducação alimentar”, relembra.

Em 2014, ela chegou à obesidade mórbida. “Estava com 131 kg e, pela primeira vez, fiquei debilitada. Não conseguia amarrar o tênis, andar um quarteirão, tudo me cansava. Aos 24 anos, já estava com problemas de circulação, e as pernas e os joelhos doíam muito. Foi aí que eu decidi que eu tinha que emagrecer”, comenta.

História de emagrecimento impressionante

Como suas dietas anteriores não haviam funcionado, Bruna decidiu que iria fazer diferente e procurou uma nutricionista e uma endocrinologista na primeira segunda-feira de 2015.

O único remédio que ela passou a tomar foi para regular sua tireoide, já que descobriu naquele momento que sofria de hipotireoidismo.

A endocrinologista chegou a prescrever um medicamento para ansiedade para ajudar na perda de peso, mas Bruna se recusou a tomá-lo.

“Eu não tomei o remédio para ansiedade porque queria uma coisa realmente saudável, tinha que mudar a minha cabeça. Estava acostumada a comer três pães franceses no café da manhã e tive que substituir por uma fatia de pão integral”, revela.

Aos poucos, Bruna foi retirando gorduras, frituras, refrigerantes e doces de sua alimentação. “A nutricionista não falou em proibição. Eu gosto de falar em reeducação alimentar. Não foi uma tortura”, conta.

O resultado foi menos 50 kg em dois anos, o que foi obtido por meio de metas realistas. Primeiro, Bruna tinha o objetivo de sair dos 3 dígitos na balança. Quando chegou aos 99 kg, foi em busca dos 80 kg. Agora, estabilizada em 81 kg, a professora tem a meta de alcançar os 75 kg.

Como emagreceu 50 kg? 

Reeducação alimentar

Os primeiros meses foram rigorosos: Bruna, que estava acostumada a comer fast food toda semana e não consumia nenhuma verdura ou salada, não comeu nada fora da dieta neste período. “O autocontrole é o mais difícil para o obeso. Por isso, nos primeiros 3, 4 meses, eu ia para festas e levava marmitas, lanches, sucos, tudo para não furar a dieta.”

Além de almoçar em casa, o que facilitava, ela levava lanches saudáveis ao trabalho e faculdade. Quando não dava, buscava as melhores opções na cantina, como iogurte e frutas.

Após os quatro meses iniciais, voltou, gradativamente, a comer alguns alimentos que não estavam em seu cardápio inicial, mas com consciência. “Quando queria um doce, comia um bombom e não mais uma caixa inteira”, fala sobre sua reeducação alimentar.

Um ano depois, Bruna passou a ter o acompanhamento de outra nutricionista que, assim como a anterior, sempre foi contra o chamado terrorismo alimentar e defende o equilíbrio. Ou seja, quando Bruna sente vontade de comer alguma coisa diferente, ela come, mas sempre em quantidade moderada.

Exercícios físicos 

A professora começou fazendo caminhadas na praia. Para andar 3 km, ela levava duas horas por causa das dores que sentia e da sua dificuldade de locomoção.

Depois de três meses de dieta, passou a andar também de bicicleta – e segue praticando somente esses dois exercícios até hoje. “Eu troquei o ônibus pela bicicleta para ir e voltar do trabalho. Fazia uns 10 ou 15 km todos os dias, e isso me ajudou muito.”

Hoje, ela pedala 20 km em uma hora pelo menos duas vezes por semana, algo que a obesidade a impossibilitava de fazer.

Apesar de ter tentado a academia no início do processo, Bruna conta que se sentia um “peixe fora d’água” e, por isso, desistiu. Agora, porém, ela planeja voltar à musculação para reduzir a flacidez nos braços, barriga e coxas que ganhou graças ao emagrecimento drástico.

Motivação

A professora conta que não teria conseguido seguir com a reeducação alimentar se não fosse o apoio que recebeu nas redes sociais – a jovem criou um blog no qual divide sua trajetória.

“Eu não sou magra, sou uma ‘gorda emagrecida’. Ainda tenho problema com comida, compulsão alimentar, ansiedade e nas páginas eu desabafo, encontro pessoas que estão passando pela mesma dificuldade que eu e são as palavras de carinho que me fazem seguir”, comemora. 

Cardápio low carb de Bruna

Atualmente, Bruna segue uma alimentação pobre em carboidratos e rica em proteínas para ganhar massa magra e perder o peso que ainda está excedente. Confira os detalhes da alimentação:

Café da manhã

  • Tapioca ou bolacha de arroz
  • 2 pedaços de queijo minas
  • Café preto com óleo de coco (para dar saciedade)

Lanche da manhã

  • Frutas e castanhas (para dar saciedade)
  • Água

Almoço

  • Salada de alface e tomate + verduras refogadas
  • Mandioca ou mandioquinha ou batata-doce
  • Frango ou carne ou ovo

Lanche da tarde

  • Castanhas
  • Bolacha de arroz com requeijão ou patê de ricota

Jantar

  • Lanche natural com salada e pão integral ou ovos mexidos ou crepioca fit ou omelete ou minipizza feita com tapioca e recheio de tomate e queijo.

Emagrecimentos impressionantes

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