#Whole30Brasil: pessoas estão transformando o corpo em 1 mês com novo desafio

Você já ouviu falar no programa alimentar Whole 30? Ele foi trazido em 2014 para o Brasil pela CFP9, o maior box de CrossFit do Rio de Janeiro e, agora, já é seguido por milhares de pessoas do Brasil inteiro. Todas as regras do programa estão disponíveis, gratuitamente, no site do Whole 30 Brasil.

Whole 30: o que é?

O Whole 30 é um programa de nutrição que propõe mudar a alimentação das pessoas em 30 dias. Durante este mês, todos os grupos de alimentos que podem exercer algum tipo de impacto negativo na saúde ou nas performances nos treinos são proibidos. Açúcar, grãos, derivados do leite, leguminosas, comidas industrializadas e alimentos processados fazem parte deste grupo por serem considerados potencialmente inflamatórios, de difícil digestão ou capazes de causar mudanças hormonais.

Esta orientação alimentar rígida tem o intuito de desintoxicar o corpo e recuperá-lo de todos os efeitos negativos que alimentos podem ter causado no organismo. Durante os 30 dias, todos os participantes devem fazer, no máximo, 5 refeições e não podem, em hipótese alguma, comer algo que não seja permitido no programa. 

O programa foi criado nos Estados Unidos em 2009 pela nutricionista esportiva Melissa Hartwig, que se especializou em ajudar pessoas a mudar suas relações com comida e criar hábitos saudáveis. Ela também é autora do livro que leva o mesmo nome, The Whole 30. Mensalmente, 1,5 milhão de pessoas acessam seu site.

Competição 2016 no Brasil

No Brasil, os organizadores promovem competições para destacar as pessoas que conquistam as transformações corporais mais impressionantes, sejam elas de emagrecimento ou definição.

Este ano, pela primeira vez, boxes de CrossFit de quase todos os estados do país participaram de uma competição durante o mês de outubro. Nela, alunos da modalidade seguiram o cardápio do programa alimentar à risca em busca do melhor resultado possível.

“Em 2014 e 2015, apenas alunos da CFP9 participaram. Este ano, decidimos incluir boxes de CrossFit de outros estados na competição. Cada estado teve o seu vencedor e, agora, vai acontecer a disputa nacional”, explica a campeã da competição em 2014 e porta-voz da Whole 30 Brasil, Alice Vieira.

O objetivo é eleger o participante que mais conseguiu transformar o corpo no intervalo de 30 dias.

Treinos

Como todos os participantes são alunos de CrossFit, claro que o programa alimentar é combinado com muitos treinos desta modalidade. De preferência, feitos de segunda a sábado. “Além dos exercícios de força, são passados exercícios funcionais e aeróbicos para ajudar os alunos a emagrecerem”, explica Alice.

Avaliação dos resultados

Na competição a perda de peso também é levada em consideração, mas, como o objetivo de alguns é o ganho de massa magra, a principal avaliação é feita a partir das fotos tiradas no primeiro e no último dia do programa.

Acompanhamento nutricional e motivacional

Além disso, uma nutricionista conversa com os alunos no primeiro e último dia do programa e fica à disposição caso alguém queira um acompanhamento mais próximo para alcançar seu objetivo.

“Trata-se de uma desintoxicação do corpo, é preciso ser restritivo, tirar lactose, grãos, tudo aquilo que pode estar fazendo mal para o corpo. O que é permitido é o que vem da terra e do açougue, tudo o mais natural possível”, comenta Alice sobre a dieta.

Para estimularem as pessoas a não desistirem dos 30 dias de desintoxicação, os alunos trocam telefones entre si e ganham “madrinhas” e “padrinhos” para que um estimule o outro a seguir firme.

Cardápio completo do Whole 30

O que pode comer?

A base do programa é a dieta paleolítica, onde estão liberados proteínas, gorduras boas, legumes, verduras e apenas algumas frutas. Alimentos industrializados, processados, refinados, açúcar, laticínios, grãos e leguminosas são proibidos. “Todos estes alimentos que criam alterações no corpo e que você não sabe se são ruins ou não para você devem ser tirados para desintoxicar”, explica Alice.

Ao fazer as compras, a orientação é começar comprando peixes, frango, carnes vermelhas com pouca gordura (como o patinho) e ovos. Evite comprar embutidos. Depois, escolha frutas e vegetais. Para quem quer emagrecer, apenas frutas de baixo índice glicêmico (vermelhas e kiwi) são liberadas. Se o intuito do participante é ganhar massa, banana e maçã também podem ser consumidos.

Chuchu, mandioca, vagem, batata-doce, berinjela, tomate, couve, cenoura - tudo isso pode ser consumido nesta dieta. Por fim, compre as gorduras boas: abacate, amêndoas, nozes, macadâmia, castanha-do-Pará, óleo de coco, azeite de oliva e manteiga Ghee. Sucos feitos com a fruta inteira, água de coco, café e chá podem ser consumidos também, desde que você não use nada para adoçá-los (nem mesmo adoçante ou mel). 

Temperos naturais como alho, cebola, salsinha, cebolinha e ervas podem ser usados. “As pessoas passam a sentir prazer na verdadeira comida, dá para fazer coisas deliciosas, até moqueca, porque pode comer peixe, leite de coco natural, azeite de dendê”, defende a porta-vox. 

Quanto comer?

“A pessoa tem que fazer, no máximo 5 refeições ao dia, incluindo o pré e o pós-treino. Na hora de montar o prato, ele tem que ter de 1 a 2 porções de proteína, sendo a porção o que cabe na palma da sua mão, e o resto preenchido com legumes e verduras. Uma porção de fruta é o que cabe na sua mão fechada e o dedão serve de medida para oleaginosas”, explica Alice sobre as medidas.

Pré e pós-treino

O pré-treino precisa sempre ser composto por uma proteína e uma gordura boa, como abacate ou óleo de coco, e deve ser consumido de 30 a 40 minutos antes do treino.

“Eu, por exemplo, gosto de tomar café com óleo de coco e canela antes do treino, mas não pode adoçá-lo com nada, nem mel”, comenta Alice sobre sua preferência.

O pós-treino precisa ser consumido no máximo 15 minutos após o fim da malhação e deve conter proteína e carboidrato, como, por exemplo, aipim ou batata-doce.

Mudanças de hábitos

Alice Vieira participou do programa, foi campeã e passou de gordinha a referência. Hoje, até se intitula garota-propaganda do Whole 30. “Nunca tinha levado nenhuma dieta a sério, me desafiei a participar e pensei: o máximo que pode acontecer é emagrecer”, relembra.

E emagreceu mesmo. Alice segue até hoje a dieta paleolítica e treina de segunda a sábado, o que rendeu a ela menos 20 kg na balança e a troca de gordura por massa magra.

“A pele fica melhor e quem fala que passa fome é porque não está sabendo se alimentar porque a variedade de alimentos é enorme e é possível tirar todos os nutrientes deles”, afirma.

Whole 30: antes e depois

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