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A disputa por quem se importa menos na relação: o que ganhamos com isso?

Publicado 29 Jul 2017 – 11:00 AM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 03:38 PM EDT
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Graças a uma tendência moderna de acreditar que quem se entrega ao amor é “trouxa”, muitos casais iniciantes estão entrando, muitas vezes até sem perceber, em uma “disputa” por quem se importa menos com o relacionamento.

Diante da incerteza que qualquer princípio de relação impõe (quando o casal saiu algumas vezes e se gosta, mas ainda não sabe se o namoro vai vingar), ninguém quer ser a pessoa que se entrega "cedo demais", que "apressa as coisas" ou que demonstra seus sentimentos reais e fica completamente vulnerável e suscetível à desistência do outro.

Demonstrar desapego na relação

Mostrar-se desapegado, portanto, é o disfarce perfeito para se antecipar a um possível pé na bunda. Assim, é possível dizer: "Eu nem queria mesmo." Não só consegue-se "sair por cima", como também não é preciso admitir para si que foi rejeitado.

Parece a armadura perfeita para proteger-se das desilusões amorosas, não fosse por um detalhe: se todos estão jogando este jogo, quem então terá coragem de admitir seus verdadeiros sentimentos primeiro? Estamos realmente ganhando algo com essa estratégia, ou apenas perdendo todas as oportunidades de amar e, assim, permanecendo sempre solitários?

Joguinhos no amor

O comportamento é típico do atual momento em que vivemos, cada vez mais marcado pelo individualismo e por uma certa imposição pela busca de uma suposta independência emocional que, desmedida, pode nos afastar da pessoa amada.

A partir do momento em que uma pessoa se força a entrar no jogo de quem se importa mais ou menos na relação, ela pode acabar deixando de se entregar a uma paixão, a um envolvimento maior, enfim, a um processo que renderia frutos positivos para a própria segurança e autoestima.

Quem decide se importar menos, a princípio, teria menores chances de sofrer com frustrações e decepções, uma vez que manteria a distância e até mesmo certa frieza em relação ao outro.

Mas, ao mesmo tempo, ela estaria abrindo mão da experiência de um amor de verdade que, sim, também pode envolver dores e dramas, mas que geralmente são compensados pelos sentimentos positivos. Ou seja, ao tentar privar-se da dor da rejeição, você não só se priva também do amor, como acaba vivendo outro tipo de dor: a da solidão.

Se você já se deparou com o “dilema” em um relacionamento e pensa em tomar algum lado na disputa, tenha em mente que a proteção excessiva contra uma entrega ao amor pode resultar em uma vida menos plena e a experiência incompleta de um sentimento que impulsiona, fortalece e promove crescimento pessoal.

Na “batalha” das relações afetiva, ficar atrás de um escudo pode não ser uma maneira interessante de “vencer” e sair como sobrevivente.

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