“Morrer é mais feliz do que imaginamos”: cientistas leem últimos escritos de doentes
Considerada misteriosa, temida e assustadora por muitos, a morte normalmente é envolvida em conceitos carregados de dor e sofrimento, mas um recente estudo científico mostrou que morrer é menos triste e terrível - e até mais feliz - do que imaginamos.
Para chegar à conclusão, pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, EUA, liderados pelo professor de psicologia Kurt Gray analisaram as palavras finais de doentes terminais e prisioneiros no corredor da morte através de postagens em blogs pessoais.
Proximidade da morte nem sempre é triste
Todos os blogs possuíam pelo menos 10 relatos escritos durante um período mínimo de três meses e os participantes foram orientados a fazer as publicações enquanto imaginavam que tinham apenas alguns meses de vida.
Foram então analisados dois conjuntos de relatos para palavras que descrevem emoções, como "medo", "terror", "ansiedade", "felicidade" e "amor" e o resultado surpreendeu ao indicar que, entre os voluntários, os pensamentos eram mais positivos do que o esperado. Além disso, os estudiosos ainda perceberam que as pessoas cientes que estavam próximas da morte geralmente mencionam família e religião.
Os cientistas afirmam que os achados, divulgados pela publicação científica Psychological Science, podem ajudar a mudar a maneira como tratamos as pessoas que estão morrendo e a repensar sobre melhores formas de como lidar com pacientes portadoras de doenças incuráveis.
"Quando refletimos sobre nossas emoções à beira da morte pensamos principalmente em tristeza e terror. Em nossa imaginação, morrer é solitário e sem sentido, mas as postagens finais do blog estão cheias de amor, conexão social e significado", afirmou o líder do estudo.
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