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“O Iluminado”: 4 (das inúmeras) mensagens subliminares do filme

Publicado 5 Jul 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Quase 40 anos depois de sua estreia, ainda há muito o que descobrir assistindo “O Iluminado”, filme de Stanley Kubrick de 1980. Um documentário de 2012 mostra parte das mensagens subliminares deixadas pelo diretor no filme.

“O Labirinto de Kubrick” é um documentário feito por Rodney Ascher que reverberou bastante entre fãs do diretor americano por redescobrir diversas interpretações possíveis em “O Iluminado”.

Mensagens subliminares em “O Iluminado”

“O Iluminado” é sobre o holocausto?

Segundo parte dos entrevistados no documentário, “O Iluminado” faz referências à Segunda Guerra Mundial. Para afirmar essa linha de pensamento, seus defensores mostram que o filme está cheio de pistas, dicas e mensagens subliminares disso. Uma delas é a constante repetição do número 42.

Isso seria uma clara referência ao ano de 1942, no qual Hitler intensificou os ataques aos judeus. Além disso, como Kubrick era extremamente detalhista com a composição de seus cenários, é defendido também que a presença de máquinas de escrever de marcas alemãs representem essa parte da história da humanidade – soldados nazistas utilizavam esses objetos para listar as vitimas judias.

Minotauro

Na mitologia grega, o Labirinto de Creta foi construído para prender o monstro minotauro – metade homem, metade touro. Existe em uma cena do filme um pôster que, aparentemente, se trata de um esquiador. Porém, no documentário uma das entrevistadas afirma que se trata de um minotauro.

O labirinto é uma figura recorrente no filme, é lá onde o “monstro” é preso no final. A correlação se dá nisso, numa mensagem que liga o personagem de Jack Nicholson ao minotauro da mitologia grega. Tudo é intensificado porque a imagem do suposto esquiador está ao lado da imagem de um cowboy – que, para o documentário, pode ser uma visão moderna de um ser metade homem, metade touro.

Dunga na parede

O filho do casal principal tem algumas figuras de personagens infantis coladas na parede de seu quarto. Podemos ver o Snoopy mais rápido e, claramente, o anão da Branca de Neve Dunga. Se lembra que ele era o mais infantil dos sete? Não falava e era super ingênuo.

Esse adesivo aparece colado numa das primeiras cenas em que o menino é apresentado no filme. Em outro momento, no qual ele está mais maduro e passou certos apuros no filme, o Dunga é o único adesivo que some da parede. Segundo “O Labirinto de Kubrick” isso quer dizer que o garoto amadureceu e deixou de ser tão criança.

Contra a obra original

O filme é baseado no livro escrito por Stephen King, mas Kubrick inseriu muito de sua visão pessoal e mudou bastante a obra original, o que não agradou muito o autor. Um trecho que mostra claramente essa mudança é que o carro da família no livro é um fusca vermelho, e no filme é amarelo.

Porém, isso não quer dizer que o veículo original não tenha aparecido no filme: existe uma cena de acidente de trânsito na neve em que um caminhão atingiu em cheio um fusca vermelho. Para o documentário, essa é uma mensagem do diretor ao autor original. 

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