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O que é verdade na história da nova múmia?

Publicado 25 Mai 2017 – 01:36 PM EDT | Atualizado 27 Mar 2019 – 09:00 AM EDT
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Fazendo algo parecido com o que Marvel/Disney e DC/Warner fazem com seus personagens nos cinemas, o estúdio Universal Picutres também vai entrar no mundo dos universos compartilhados, onde os personagens de filmes diferentes habitam o mesmo mundo, se conhecendo e interagindo entre as histórias. Nesse caso, o estúdio vai usar sua cartela de monstros clássicos para criar o “Dark Universe” e apresentar os personagens a uma nova geração de público.

Estão previstos para coexistirem nesse mundo de monstros os filmes “A Noiva de Frankenstein”, que chega aos cinemas em 2019, será dirigido por Bill Condon, de “A Bela e a Fera” e terá Javier Bardem como monstro principal; Homem Invisível, interpretado por Johnny Depp, que, aliás, poderia sumir um pouco do cinema depois de emendar tantos filmes; a Múmia (Sofia Boutella) e Dr. Henry Jekyll (Russell Crowe).

A conexão entre os filmes se dará pela Prodigium, “uma misteriosa organização multinacional liderada pelo enigmático Dr. Henry Jekyll”, segundo o material oficial divulgado. Jekyll é o protagonista de outra história famosa de monstro, “O Médico e o Monstro”. A estreia desses filmes será com a revitalização da franquia “A Múmia”, que volta aos cinemas em junho com nova história e personagens.

O que é verdade nos filmes da Múmia

O fascínio por múmias é bem antigo na história da civilização. A palavra vem do persa mumiyya, que significa exatamente o que é: cadáver embalsamado. Acredita-se que, nos tempos dos faraós (algo por volta dos anos 3100 e 30 a.C.), os egípcios mumificavam pessoas importantes para garantir que elas fossem ressuscitadas. Por isso, somente os sacerdotes embalsamadores poderiam fazer o ritual, e eles acreditavam seguir os ensinamentos do deus dos mortos Osíris.

Na nova aventura do filme “A Múmia”, a princesa Ahmet se associa a forças sombrias e acaba sendo traída pelas pessoas do seu reino, sendo mumificada ainda viva e trancada numa tumba que na verdade “é uma prisão”, como diz o trailer do filme. Essa parte é totalmente fantasiosa, já que não há registros de que a mumificação tinha essa finalidade muito menos de ter havido uma princesa com esse nome.

Panos por fora e por dentro dos corpos

Além disso, seria muito difícil alguém sobreviver ao processo de embalsamento dos egípcios dessa época. As múmias encontradas e estudadas por médicos e cientistas dos nossos tempos revelaram que todas as vísceras dos cadáveres eram retiradas dos corpos.

Para que as pessoas mantivessem as formas parecidas de quando estavam vivas, os sacerdotes costumavam “rechear” as múmias com panos. Há até o registro de uma múmia estudada nos anos 80 na qual uma vela de barco foi encontrada dentro de seu corpo, com a mesma finalidade dos panos.

Personagens que realmente existiram

Como várias outras obras da cultura pop, a trilogia da Múmia de filmes lançados entre 1999 e 2008 pega emprestado personagens históricos que realmente existiram e dá a eles uma roupagem fantasiosa de mistérios e poderes sobrenaturais. Grande exemplo disso é Imhotep.

O vilão dos dois primeiros filmes da (agora) extinta franquia existiu por volta do ano de 2700 a.C. Segundo registros, o faraó Djoser exigiu que seu vizir (espécie de ministro do reino) construísse seu túmulo. Imhotep foi, então, responsável pela construção da primeira pirâmide.

Para se distanciarem da realidade – ou por equívoco histórico mesmo – os filmes ligam esse vizir a outro faraó, que viveu bem depois. Segundo “A Múmia”, de 1999 com o casal Rachel Weisz e Brendan Fraser de protagonistas, Imhotep teria traído a confiança de Seti I e fugido com sua esposa. Estudo publicado pela revista Science comprovou que o reinados de Seti I começou mais de 1300 anos depois do faraó Djoser.

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