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Jeito que bebês olham para seus pais pode indicar autismo

Publicado 31 Ago 2017 – 10:13 AM EDT | Atualizado 2 Abr 2018 – 09:32 AM EDT
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A maneira como olhamos os rostos de outras pessoas é fortemente influenciada por nossos genes, segundo um estudo realizado pela Universidade de Washington, EUA. A pesquisa foi considerada especialmente importante para a compreensão do autismo, uma vez que diferenças neurológicas afetam o desenvolvimento social.

Estudo pode facilitar diagnóstico precoce de autismo

Publicado na  revista científica Nature, o experimento analisou movimentos oculares de 338 bebês entre 1 ano e meio e dois anos para descobrir para onde os pequenos direcionavam o olhar diante de uma cena com diversos elementos. O estudo contou com 250 crianças de desenvolvimento normal (41 pares de gêmeos idênticos, 42 pares de gêmeos não idênticos e 84 crianças sem parentesco) e 88 crianças diagnosticadas com transtorno do espectro autista (TEA).

Os bebês foram colocados diante de vídeos de mulheres e crianças brincando em uma creche e, segundo o estudo, os movimentos dos olhos dos gêmeos idênticos foram iguais em 91% do tempo, 35% do tempo iguais entre gêmeos não idênticos e, entre duas crianças sem parentescos, não foram observadas coincidências no direcionamento do olhar.

Os estudiosos descobriram ainda que crianças com transtorno do espectro autista (TEA) passaram significativamente menos tempo olhando os rostos e mais tempo olhando objetos das cenas.

Ao assistir os vídeos de mulheres na creche, os pequenos com TEA olharam para as faces metade das vezes do que as crianças típicas, e quase o dobro para objetos. A diferença era tão consistente que os pesquisadores eram capazes de identificar a maioria das crianças com desenvolvimento atípico apenas observando os resultados dos rastreamentos oculares

Os autores do estudo apontam que o experimento reforçou pesquisas anteriores que mostraram que bebês de 2 a 6 meses de idade que olhavam menos para os olhos das pessoas em vídeos eram mais propensas a receber um diagnóstico de transtorno do espectro autista aos 3 anos. A técnica de rastreamento ocular poderia, de acordo com os especialistas, ajudar no diagnóstico precoce do transtorno.

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